Por JUCA KFOURI - Via blog do autor -
Miséria pouca é bobagem e choveu canivete em São Januário obrigando um atraso de uma hora e 15 minutos para o início do jogo entre Vasco e Santos.
A imagem do vestiário vascaíno inundado é a melhor para ilustrar a situação do futebol brasileiro.
Se o atraso permitia ao Vasco saber dos resultados de seus concorrentes que começaram a jogar às 18h, as notícias que vinham de São Paulo e de Chapecó eram as piores possíveis: o Coritiba derrotava os reservas do Palmeiras com gol do ex-flamenguista Juan e o Goiás vencia a Chapecoense por 2 a 0, placares que decretavam a queda do Cruzmaltino pela terceira vez em oito anos.
O primeiro tempo começou com uma cabeçada que Nilson, ex-Vasco, quase converteu e depois teve uma série de gols perdidos pelo Vasco, com Jorge Henrique, Reascos e até com Nenê.
Mas, no fim, o assoprador de apito resolveu dar um pênalti do goleiro Vanderlei teria cometido sobre Nenê, por “ação temerária”. Um exagero!
Ele mesmo bateu a fez 1 a 0.
Antes, havia feito uma falta para cartão amarelo e foi poupado para sorte do Vasco, pois seria o terceiro.
Já Andrezinho levou o terceiro.
Vencendo o Santos, o Vasco precisará derrotar também o Coritiba, em Curitiba e torcer por empate entre Fluminense e Figueirense, em Florianópolis, e para que o Avaí não vença o Corinthians, em São Paulo.
O segundo tempo começou com os reservas do Santos pressionando e ameaçando empatar.
Um sofrimento que o torcedor vascaíno não merece, como não merece nem Roberto Dinamite nem Eurico Miranda como presidentes.
O Coritiba fez mais um com Henrique Almeida e ganhou de 2 a 0 do Palmeiras, praticamente assegurando sua permanência na Série A.
E o Goiás também fez, fechando em 3 a 1 contra a Chapecoense, o que pode dificultar a vida do São Paulo no domingo que vem em Goiânia.
O sofrimento vascaíno continuava.
A fé também.
O Vasco fazia de tudo para repetir o milagre do Ceará na Série B.
Martin Silva colaborava com defesas importantes.
Jorginho foi chamando todos os marcadores que podia por em campo e Guiñazu foi o último deles.
Nenê deu uma gravata num santista e assoprador Vuaden não lhe deu o terceiro cartão de novo e o levantador de bandeirinha marcou impedimento inexistente do Santos.
Em bom português, uma vergonha.
Mas o vascaíno não tem nada com isso e sofre, sofre muito.
Sofrerá até domingo.
Valerá a pena?