3.7.16

MARCHA DAS VADIAS REÚNE CENTENAS DE MANIFESTANTES NA ORLA DE COPACABANA

ROGER MCNAUGHT -


No último sábado, dia 2 de julho, manifestantes e ativistas se reuniram na orla de Copacabana para a “Marcha das Vadias” – protesto que se repete anualmente e que vem apontando as consequências catastróficas que o machismo da sociedade e dos indivíduos vem causando na vida das mulheres.

Durante a concentração, houve confecção de cartazes e um bloco de maracatu composto unicamente de mulheres, e a tônica não poderia ser mais atual: diante de tantos repetidos casos de violência (física ou não) contra a mulher, estupros, assassinatos e toda sorte de desrespeito, temos complicadores. Um dos atuais pré-candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro é acusado de ser nada mais nada menos que um agressor de mulheres, algo que além de bárbaro é inadmissível. Porém, a falta de sensibilidade de setores mais conservadores da sociedade faz com que os mesmos não apenas apoiem tal pré-candidatura como também apoiem uma figura abjeta da política nacional que em uma de suas (muitas) falas polêmicas, trata o estupro como objeto de mérito e não como crime.

O resultado óbvio do espaço midiático às figuras que representam a violência contra a mulher não poderia ser outro senão a intensificação dos crimes bárbaros contra mulheres – qualquer que seja a identidade de gênero das mesmas.

As pautas abordadas na marcha, apesar de parecerem muito amplas, convergem para o mesmo ponto e se tornam óbvias à medida que acompanhamos os acontecimentos. Não muito tempo atrás uma jovem foi estuprada por diversos homens – e como sempre a culpa é desviada para outros fatores, o que na prática apenas “protege” o estuprador.

Ao final do ato, no Leme – Posto 1 da Praia de Copacabana, as manifestantes falaram sobre os preconceitos que juntamente com o machismo vitimam pessoas todos os dias e sobre a necessidade de combater tais práticas.