6.9.16

PT E PMDB UM AMOR BANDIDO NO RIO DE JANEIRO

EDUARDO PAPA -

Enquanto os antigos aliados do PT e do PMDB nacional se engalfinham em uma rusga feroz, com o PT fazendo o papel do corno inconformado, obstinado em cobrar caro a traição do parceiro. Na capital fluminense o amor é lindo, a multidão de funcionários fantasmas da cota do PT continua indo mensalmente assinar o ponto no 13º andar do Pìranhão, a estrutura da SMDS, mantida nas mãos do PT, faz campanha chapa branca abertamente, inclusive com direito a crime eleitoral, com os chefes ameaçando de demissão quem não prestigiar os eventos da campanha. Será que foi por isso que os atos contra o Temer não tiveram no Rio nem a sombra da dimensão do paulista, em que a máquina do PT entrou de cabeça? Como será que Jandira Feghalli estará encarando sua "cristianização"? Largada na estrada, mesmo assumindo o papel de campeã da causa da Dilma na cidade.

No movimento sindical e social do Rio o PT já é execrado por práticas golpistas, aparelhistas e conciliatórias, será que mesmo na política institucional parlamentar onde eles decidiram atuar vão fazer vergonha também? Era a hora deles botarem a banda de música na rua, mesmo nunca tendo tido muita expressão no Rio, nessa conjuntura muitas pessoas poderiam tender a apoiá-los na onda do Fora Temer, que vai virar tsunami, entretanto abdicam da possibilidade em troca de uns carguinhos e de uma posição de coadjuvante nesse governo Paes. Sinto muita pena das pessoas honradas que conheço que ainda apoiam essa legenda, imagino o que se passa na cabeça de um Wladmir Palmeira, grande quadro político, preterido e esculachado toda hora, com interesses fisiológicos esfregados na cara sem nenhum pudor como justificativa.

Felizmente, ao que tudo indica, os dois despudorados amantes irão em um abraço mortal para o buraco e podem os funcionários da Prefeitura se prepararem para a alegria de ver essa gente nefasta sair pela porta dos fundos no início do ano que vem, com o bolso cheio, mas com o rabinho entre as pernas.

*Eduardo Papa é professor, jornalista e artista plástico, colaborou com as administrações de Leonel Brizola e do PDT no Rio de Janeiro é ativista do SEPE com atuação em movimentos sociais no Rio como contra a privatização da Marina da Glória.