26.10.16

1- CANDIDATOS, PODEMOS ESPERAR ALGO DE UMA CIDADE PRIVATIZADA? 2 - A TRISTEZA MUNDIAL PELA MORTE DO 'CAPITA'

WILSON DE CARVALHO -


O absurdo da semana foi a anulação da concessão para uma empresa estrangeira administrar o Zoológico. Decisão acertada da Justiça, atendendo o Ibama por irregularidades cometidas no contrato. Prática, aliás, desse mesmo prefeito que abandonou o Zoológico e ainda deixou morrer três animais, entre eles, um tigre e uma girafa. Só não foi preso porque a lei é para os mais pobres. E não tenham dúvidas que no futuro, o Zoo privatizado terá um preço proibitivo para a maior parte da sociedade. A exemplo do Pão de Açúcar, Corcovado e, pasmem, o Maracanã, assunto, aliás para outra oportunidade, tão grande o crime que cometeram com o então templo do futebol.

Mas afinal, porque se tem de privatizar tudo, em especial serviços essenciais como trens, metrô e barcas, vale enfatizar, pessimamente administrados e com preços absurdos? Ganhar comissões? Com extermínio na área da saúde, violência pior que em qualquer guerra, sem escolas e universidades públicas adequadas, sem estímulo à prática de esportes e ainda sem uma válvula de escape como o simples lazer, o que podemos esperar deste país? País? Que os dois candidatos à prefeitura do Rio, EM ESPECIAL, pensem bem nisso, pois o prefeito é mais importante que o próprio presidente da República na administração da cidade. A sociedade, agonizante, merece.

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TRISTEZA MUNDIAL

Carlos Alberto Torres ocupou três páginas de uma das séries que fiz no Jornal dos Sports e no O Dia, "A Democracia Corinthiana". Impactante. Sem nenhum cabotinismo, um sucesso. E principalmente porque o Capita "foi fundo”, como sempre. Sem meias palavras, atacando e elogiando, transparente ao extremo. Líder indiscutível. A matéria, claro, provocou polêmica dentro do próprio Corinthians. Hoje, o golpe da sua morte. Ou melhor: da morte de um dos maiores craques que o mundo viu jogar, muito bem mostrado pela mídia mundial em homenagem póstuma. Pois é, e lá se foi o “Capita” do tricampeonato mundial, dos anos de ouro. Por culpa de um infarto, mal que está matando mais que o próprio câncer. Matando jovens, inclusive. E lá se foi para sempre, outro grande amigo. E mais uma prova do que penso da vida: maravilhosa e, ao mesmo tempo, cruel.