17.11.16

1 - PARTE DA PROPINA A CABRAL PODE TER SIDO PAGA EM JÓIAS PARA SUA ESPOSA; 2 - MAIS UM EX-GOVERNADOR DO RIO NA MIRA DA PF: MOREIRA FRANCO

REDAÇÃO -

Cabral hoje (17) mais cedo na viatura da PF após deixar seu apartamento no Leblon / Arquivo Google.
Uma das linhas de investigação do Ministério Público sobre as propinas pagas ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), é de que ele pode ter recebido através de jóias para a sua esposa, Adriana Ancelmo, informou o site Brasil 247. Segundo o empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta, em sua proposta de delação premiada, em um dos pagamentos a Cabral foi acrescida um anel de brilhante solitário de 220 mil euros, ou 800 mil reais –, que o ex-governador o fez comprar em uma viagem a Mônaco, em 2009.

"O anel de Cavendish é apenas uma das estrelas da caixa de joias de Adriana Ancelmo. Não foi sequer declarado à Receita Federal quando ela e o então governador retornaram ao Brasil. Pela lei, quem entra no país com bens de valor superior a 500 dólares, deve necessariamente pagar 50% de imposto. Só aí, teriam sido sonegados em torno de 110 mil euros aos cofres públicos brasileiros. Há provavelmente muito mais. Adriana Ancelmo ostenta no dia a dia de trabalho um brinco de brilhantes que vale cerca de 400 mil reais, e será objeto de investigação. Outro xodó é um anel que ela ganhou de aniversário em 2011, desta vez não de Cavendish, mas do marido", informa a jornalista Malu Gaspar, da Piauí.

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Mais um ex-governador do Rio na mira da PF: Moreira Franco

As prisões dos ex-governadores do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e Anthony Garotinho (PR-RJ) atribuem novas preocupações ao estado que já sofre com uma grave crise financeira. Mas o cenário pode se agravar caso outro ex-governador seja preso. E já há nomes na lista.

O ex-governador fluminense Moreira Franco (PMDB-RJ), atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), é uma das apostas.

Considerado um dos principais nomes do governo do presidente Michel Temer (PMDB), ele é alvo de mais de um processo de investigação. Recentemente, o nome dele foi envolvido no escândalo por uso indevido de dinheiro público na compra de passagens aéreas.

A Procuradoria da República apresentou uma denúncia contra ex-parlamentares acusados de utilizar indevidamente cota de passagens aéreas da Câmara dos Deputados. Outros 442 ex-deputados também foram citados.

Além disso, Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht e um dos executivos da construtora que negociam acordos de colaboração com a força-tarefa da Lava-Jato, teria afirmado em depoimento que Moreira Franco lhe pediu, em 2014, uma contribuição financeira de R$ 3 milhões.

De acordo com Melo Filho, “era propina pura e simples” solicitada por um ministro que lidava com interesses bilionários da Odebrecht no setor de aeroportos. Na época, Moreira Franco era ministro da Secretaria de Aviação Civil do governo Dilma Rousseff. (Informações Exame)