12.11.16

OS VENDILHÕES DA VALE DO RIO DOCE AGORA ATACAM A PETROBRÁS, VIA BALANÇO CONTÁBIL

EMANUEL CANCELLA -

Os tucanos venderam, no governo de FHC, a maior mineradora de ferro do mundo a um preço negativo. Agora estão fazendo o mesmo com o nosso ouro negro!

Como fizeram na Privataria Tucana, a estratégia é primeiro depreciar e depois vender. Assim estão fazendo agora também com a Petrobrás! Quase dois anos de notícias negativas, via Lava Jato, onde o premiado da Globo, Juiz Moro,  vaza notícias  sempre contra a Petrobrás, principalmente para a Globo.

Agora, um dia depois de o Congresso Nacional aprovar a entrega do pré-sal, através da lei 4567/16, o tucano Pedro Parente, presidente da Petrobrás, apresenta esse balanço.

Segundo a média das estimativas, de dez consultados pela agência Reuters, a maioria esperava um lucro de R$ R$ 1,517 BI. Assim como os analistas consultados pelo jornal Valor Econômico também a maioria esperava  lucro. Entretanto o balanço da Petrobrás aponta um prejuízo de R$ 16,5 BI (2)!

É muito suspeito esse balanço! Não somente pelas análises feitas pela maioria dos economistas, mas chama atenção, por exemplo, a revisão de ‘valores de bens e negócios’ que teve um impacto negativo de R$ 15,7 BI, pois se não fosse isso a estatal teria tido lucro(2).

A turma do Parente vendeu o campo gigante do pré-sal de Carcará, a preço de um refrigerante o preço do barril, quando o preço no mercado internacional do Barril é de U$ 50. Foram esses vendilhões do campo de Carcará que fizeram a revisão dos ‘valores de bens e negócios’?

E depois o Pedro colocou o custo de seu Programa de Demissão Voluntária – PIDV no balanço, o que, na prática, joga a conta para os trabalhadores petroleiros, já que, diante desse resultado negativo do balanço, vamos ficar, mais uma vez, sem participação nos lucros, previsto na lei 10.101/10. Os petroleiros, além de perder os empregos na demissão voluntária, vão pagar o custo do Programa?

No governo de FHC, aliados à mídia principalmente a Globo, os entreguistas comparavam a Petrobrás a um paquiderme e chamavam os petroleiros de marajás, na tentativa também de depreciar a empresa para depois vendê-la. Mesmo assim eles não conseguiram privatizar a Petrobrás! Agora eles usam o combate à corrupção para manchar a imagem da Petrobrás e possibilitar a sua entrega aos gringos.

Tanto que a intenção é destruir a empresa que o juiz Sérgio Moro, que chefia a operação Lava, além de vazar notícias negativas, o tempo todo, ainda chamou os procuradores americanos para investigar a Petrobrás, o que na verdade é a legitimação da espionagem. Por conta disso, a companhia está  fazendo desembolsos por  “acordos de ações judiciais contra empresa nos EUA”. Isso também impactou o balanço contábil (1).

Esse mesmo juiz não mandou nossos procuradores investigar a Chevron, petroleira estadunidense, denunciado pelo Wikleaks na troca de correspondência entre a Chevron e o então candidato à presidência em 2009, José Serra. Serra prometia favores a Chevron em prejuízo da Petrobrás (3).

Os corruptos da Petrobrás são punidos apenas com uma tornozeleira eletrônica e pagando suas penas em casa, verdadeiros clubes de lazer, construídos com dinheiro da corrupção. Agora o juiz, Moro ainda está mandando tirar a tornozeleira dos corruptos da Petrobrás. Quer dizer que o prejuízo fica somente com a imagem da Petrobrás que esses ladrões mancharam? Isso é combate à corrupção? Parece mais combate à Petrobrás!

O que desmoraliza também a Lava Jato é que eles não estão investigando os negócios muito suspeitos na Petrobrás, na gestão de Pedro Parente, como a venda do Campo de Carcará sem licitação e a preço aviltado. Muito menos a venda da malha de dutos do Sudeste, que depois vamos pagar para usar. E nem esse balanço da Petrobrás altamente suspeito!

A Lava Jato, caso quisesse realmente acabar com a corrupção, e não com a Petrobrás, não blindaria o governo tucano de FHC na Petrobrás, mesmo diante de uma enxurrada de denúncias. E ainda continua a blindar também os negócios atuais do tucano Pedro parente na Petrobrás!

Fonte: 1- ADVEFN newsletter

*Emanuel Cancella que é da coordenação do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).