15.9.17

1- GEDDEL ALEGA RISCO DE “ESTUPRO” E PEDE PARA VOLTAR AO APARTAMENTO EM SALVADOR; 2- GOLPE FOI DADO PARA FREAR LAVA JATO, DIZ JANOT

REDAÇÃO -


A defesa de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) alegou risco de “estupro” na Penitenciária da Papuda, local em que o ex-ministro está recolhido desde a semana passada, em Brasília, e pediu que ele volte para o regime de prisão domiciliar em seu apartamento em Salvador. O requerimento foi negado pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que ressaltou o fato de os advogados do peemedebista terem supostamente se baseado em informações “inverídicas” e “especulativas” na petição.

A defesa se baseou em matéria publicada no portal “A Folha Brasil”, no dia da prisão do ex-ministro, noticiando que mensagens vazadas por familiares de detentos do Complexo Penitenciário da Papuda dariam conta de “ameaças de estupro” que teriam sido “enviadas aos políticos que estão cumprindo pena ou prisão preventiva”.

Conforme a “reportagem” citada pelos advogados de Geddel, facções criminosas da unidade prisional teriam avisado aos acusados de corrupção que teriam de prestar serviços sexuais e domésticos aos demais internos. “Um famoso ex-deputado já está ‘casado’ com um traficante. Seus familiares estão pedindo intervenção da Justiça para que a violência e humilhação cessem o mais breve possível”, diz trecho do texto publicado no site. (…)
(via Estadão)

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GOLPE FOI DADO PARA FREAR LAVA JATO, DIZ JANOT

Via 247 Ao denunciar Michel Temer por obstrução judicial e organização criminosa, o procurador-geral Rodrigo Janot fez uma consideração importante: o golpe de 2016 contra a presidente deposta Dilma Rousseff teve como finalidade estancar a sangria da Lava Jato.

Ou seja: foi um golpe a favor – e não contra a corrupção.

“A crise dentro do núcleo político da organização criminosa aumentava à medida que a Operação Lava Jato avançava, desvendando novos nichos de atuação do grupo criminoso. Nesse cenário, os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançaram.

Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados”, escreveu Janot, na denúncia encaminhada nesta tarde ao Supremo Tribunal Federal.eceu denúncia contra Temer por corrupção passiva, mas a Câmara dos Deputados barrou a acusação.

Também foram denunciados por organização criminosa os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco; o ex-ministro Geddel Vieira Lima; e os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.

Por obstrução de justiça foram denunciados Temer, e os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud.

Paradoxalmente, Janot também se posicionou contra a anulação do golpe nesta quinta-feira (leia mais aqui).