REDAÇÃO -
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de uma investigação sobre o senador José Serra (PSDB-SP), baseada na delação dos executivos da J&F, grupo controlador do frigorífico JBS.
O inquérito surgiu de depoimento no qual Joesley Batista, um dos donos da empresa, disse que em 2010, o tucano pediu doação de R$ 20 milhões para sua campanha à Presidência da República.
Segundo o delator, somente R$ 13 milhões foram doados oficialmente; cerca de R$ 6,4 milhões teriam sido doados por meio de repasse a empresas que emitiram notas frias (sem prestação de serviços) e sem declaração na prestação de contas, o que configuraria o crime de caixa 2.
Em maio do ano passado, quando o caso veio à tona, Serra disse que suas campanhas foram conduzidas dentro da lei com finanças sob responsabilidade do partido e que nunca ofereceu contrapartidas por doações.
Ao pedir o arquivamento, Dodge considerou apenas que o crime já teria prescrito, isto é, não poderia mais ser punido em razão da demora para investigar e eventualmente denunciar o fato. Como o senador tem mais de 70 anos de idade, a prescrição ocorreu 6 anos após a campanha, em 2016.
“Ou seja, desde o requerimento de abertura de inquérito, o fato estava prescrito. Por evidente, não há como prosseguir com a investigação. Ante o exposto, manifesto-me pelo arquivamento do presente inquérito”, escreveu a procuradora. (…)
(via G1)
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Protesto contra Lula na Paulista reúne ‘cerca de 300’ (nas contas da PM, ou seja…)
Do Uol:
Já passava das 18h30 desta quarta-feira (24), o protesto havia começado às 10h, o julgamento da apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) já estava encerrado, com condenação a 12 anos de prisão, e o protesto na avenida Paulista, em São Paulo, teimava em não encher.
Organizada pelo MBL (Movimento Brasil Livre), Vem pra Rua e Revoltados Online, a manifestação a favor da condenação de Lula não contou com mais de 300 participantes no seu melhor momento, de acordo com o capitão Mario, responsável pela operação da PM no local.
Apesar da baixa adesão, os manifestantes foram autorizados a fechar a avenida no sentido Consolação. A PM informou que não iria desobstruir a via e deixaria os manifestantes comemorarem a condenação com a avenida fechada.
Sobre dois carros de som, organizadores do protesto tentavam manter a mobilização no local –tocaram pagode, marchinhas de Carnaval sobre o Geddel [Vieria Lima, ex-ministro dos governos Temer, Dilma e Lula] e o Hino Nacional (várias vezes), além de vários discursos dos líderes dos movimentos.
“Pessoal, os petistas estão no centro e estão falando que vão ocupar aqui, se não tiver ninguém. Temos que manter essa vigília o dia todo de qualquer jeito”, afirmava Carla Zambelli, do Vem pra Rua, de cima de um dos carros de som. (…)