16.3.18

AS DIGITAIS DOS COVARDES EXECUTORES DA VEREADORA MARIELLE FRANCO COMEÇAM A SER REVELADAS

ANDRÉ MOREAU -


Os investigadores da Polícia Civil constataram que a munição usada na execução da Vereadora Marielle Franco (Psol), faz parte do lote  comprado pela Polícia Federal (PF), em 2006, também usada na chacina das cidades de Osasco e Barueri, região metropolitana de São Paulo, na qual vinte e três pessoas foram executadas, em agosto de 2015.

A informação insere as digitais dos executores na narrativa de ódio da “operação de mudança do sistema de governo”, promovida nos meios de comunicação conservadores que repercutiram o acirramento do golpe de estado, desde 2013.

O fato da Vereadora Marielle Franco ter sido relatora da Comissão de Representação de Acompanhamento da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio, formada por 18 vereadores, não pode ficar de fora do inquérito, até porque a parlamentar vinha denunciando o aumento dos abusos praticados por agentes de segurança pública, na periferia, após a intervenção militar.

A revolta da população foi registrada de helicóptero por “informantes não oficiais” das Organizações Globo (15), refletindo nas justificativas, que beiravam o por bem, ou por mal, a “necessidade” das operações “anti-crime organizado”, mas ao que tudo indica o empoderamento do povo prevalecerá.

Ao contrário do que planejaram os interventores, que tentaram calar os membros da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, as manifestações populares voltaram a ocupar as ruas.

A orientação dos assessores do ilegítimo Michel Temer, de cancelar sua participação na reunião de balanço da intervenção militar, no Rio de Janeiro, fala tão alto quanto os elementos probatórios coletados na cena do crime.

Os três policiais militares: Fabricio Emmanuel Eleutério, Vitor Cristilder Silva dos Santos, Thiago Barbosa Heinklain e o guarda municipal: Sérgio Manhanhã, foram presos e condenados pela chacina de Osasco.

Em nota a Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os inquéritos da Corregedoria da PM e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Polícia Civil, foram concluídos com o indiciamento de seis PMs e um guarda civil municipal. Posteriormente, a promotoria ofereceu denúncia contra os sete indiciados, mas a Justiça Criminal de Osasco acatou denúncia apenas contra os quatro citados, que estão presos e são réus no processo.

Segundo a SSP, a juíza Élia Kinosita Bulman, rejeitou a denúncia contra os outros, que estão afastados do trabalho operacional. Os seis PMs respondem atualmente a processo demissório.

*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.