Vejo preocupadamente que meus amigos do interior admiram e aceitam a vergonhosa pobreza que vive o sertão do estado do Rio de Janeiro, e também participam, é o que posso chamar de ‘Brasil classe média se comportando como Capitão do Mato e se olhando como se fosse patrão’.
“Aos amigos os favores, aos inimigos a
lei”, triste constatar que o que Maquiavel dizia há séculos atrás está vivo e a todo vapor
na república de bananas onde temos notoriamente um judiciário servil e ditador,
sem o mínimo critério de equidade. A maneira parcial como a Justiça vem
tratando os políticos envolvidos nos escândalos a descaracteriza,
desequilibrando sua balança e tornando a sua venda uma falácia.
De um lado bilhões de reais, malas, maletas e gravações, do
outro, pequenos bens materiais que atribuem de forma vexaminosa como sendo de propriedade do ex-presidente Lula, isso pra tirá-lo da disputa eleitoral após um golpe que
está devolvendo o Brasil para as mãos de uma pequena elite burguesa, que ensina
aos jovens nada além do valor do consumo - que suas rendas não podem sustentar,
pois os 5 mais ricos do país detém mais dinheiro que 100 milhões de brasileiros
juntos. E a classe média cuja, a diferença do favelado é uma renda média de 5
mil por mês bate palmas pra essas barbáries fascistas do judiciário e da mídia
que banca essa falsa moralidade judicial. Pasmem!
Onde está à bravura do povo brasileiro de outrora? Segue a desenfreada
e escandalosa venda do que resta de nossas riquezas aos interesses dos chineses
e norte-americanos, daqui a pouco teremos que pedir água e petróleo nas rodas
econômicas de Xangai e Chicago.
Fechando por hoje, para a reflexão dos seletos leitores da
TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical, fica uma pergunta: se Lula morrer, os bens
que atribuem ser do ex-presidente (condenado há doze anos) pela lei ficaria
para seus filhos? Certo que não. Mas a fazenda de Aécio Neves e Zezé Perella, que
recebe mercadorias da boa, com certeza os filhos herdariam sem qualquer problema.
Isso é o que podemos chamar de ‘os dois lados da nossa Lei’.