DANIEL MAZOLA e ROGER MCNAUGHT -
Placas nas mãos dos presentes homenageando diversos combatentes do conflito histórico. Fotos: Iluska Lopes. |
Rio de Janeiro – Na manhã desta quarta-feira, dia 9 de maio
de 2018, foi celebrada a vitória das forças aliadas contra o nazi-fascismo em 1945 durante a Segunda Guerra Mundial. Tendo início
com uma solenidade na Câmara dos Vereadores, conduzida pelo vereador Leonel
Brizola (PSOL-RJ), a celebração contou com falas emocionadas e didáticas que a
cada ano lutam para manter viva a memória dos que combateram os horrores causados pelo
nazi-fascismo para que nunca mais se repitam.
A mesa composta pelo Embaixador geral da Federação da Rússia Sergey Akopov, o Cônsul da Rússia no Rio de Janeiro Vladimir Tokmakov, o coordenador de
relações internacionais Antonio Fernando Cruz de Mello (representando o
prefeito Marcelo Crivella), o vice-presidente da União Internacional das
organizações Públicas - “Comitê de Veteranos de Guerras” - Vladimir Bednov, o
presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB - Força Expedicionária Brasileira - Breno Amorim e pelo
professor da UERJ João Claudio Platenik Pitillo. O
vereador Leonel Brizola conduziu falas que marcaram cada um dos momentos de heroísmo da
grande “guerra patriótica” que livrou o mundo das garras do nazi-fascismo e em
vários momentos os presentes mencionaram a necessidade de nunca esquecermos o
alto custo pago pelos povos de todo o planeta para a manutenção da paz.
Nas mãos da maioria placas homenageando diversos combatentes do
conflito mundial. Entre os presentes, veteranos
e sobreviventes que, mesmo com idade avançada, não deixam de cumprir seu papel
de manter viva a história e ensinar aos mais jovens o perigo que está contido
no flerte com ideologias fascistas. O editor e a coordenadora desta Tribuna da Imprensa
Sindical, Daniel Mazola e Iluska Lopes, homenagearam os combatentes Apolônio de
Carvalho, Roza Shanina e Marechal Georgy Zhukov.
Segundo o pesquisador do NUCLEAS-UERJ, Doutorando em História
Social pela UNIRIO e colaborador da TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical, João Claudio
Platenik Pitillo, a União Soviética (URSS) impôs o maior número de baixas aos
exércitos do Eixo, mas a maioria da população brasileira não tem a dimensão da
importância do país no conflito. “Os brasileiros não ficaram sabendo de nada,
devido à censura do Estado Novo.”
A URSS, destaca o pesquisador, destruiu mais de 75% das
forças do Eixo. “Os EUA combateram em três países principais, França, Itália,
Alemanha, e um pouco na Holanda; a URSS libertou 13 países, mais de 40 milhões
de pessoas, entre população civil e militar. É um número estarrecedor. A URSS
teve uma missão libertadora, presente nos países dos Bálcãs, na Iugoslávia,
Áustria, Polônia, China, Mongólia, até na Noruega. Lutaram em dois fronts: no
Extremo Oriente e na Frente Leste, e foi responsável pela destruição do maior
grupamento da história militar, do Exército Alemão.”
Após a solenidade, a marcha do Regimento Imortal desfilou
pelas ruas do centro do Rio de Janeiro em direção ao museu da Força
Expedicionária Brasileira, contando com a experiência dos mais idosos e a
energia de jovens que a todo o momento cantavam canções do período de guerra –
muitas vezes o único alento dos soldados do glorioso exército vermelho e também
dos mais de 20 mil brasileiros que desembarcaram na Europa. O evento
comemorativo da Vitória sobre a besta nazifascista proporcionou um encontro inédito
entre o “Regimento Imortal”, combatentes russos da II Guerra Mundial, e
pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Ao fim da caminhada, realizamos breve entrevista com o Embaixador da Federação da Rússia no Brasil, Sergei Akopov (vídeo), ele nos deixa o alerta permanente para que nunca mais seja permitido o horror que degradou e ceifou dezenas de milhões de vidas. Sergei Akopov comentou um pouco sobre a história e a importância desta data. Destacou que "este movimento, o Regimento Imortal, teve início em 2012 na cidade siberiana de Tomsk, é uma iniciativa popular que nasceu de baixo, não foi uma iniciativa de nenhuma autoridade, foi o povo mesmo que criou esse movimento. No Brasil o evento teve início em 2017 no estado de São Paulo, no Rio é a primeira vez, hoje diversas cidades do mundo já realizam a homenagem aos combatentes”.
Ao fim da caminhada, realizamos breve entrevista com o Embaixador da Federação da Rússia no Brasil, Sergei Akopov (vídeo), ele nos deixa o alerta permanente para que nunca mais seja permitido o horror que degradou e ceifou dezenas de milhões de vidas. Sergei Akopov comentou um pouco sobre a história e a importância desta data. Destacou que "este movimento, o Regimento Imortal, teve início em 2012 na cidade siberiana de Tomsk, é uma iniciativa popular que nasceu de baixo, não foi uma iniciativa de nenhuma autoridade, foi o povo mesmo que criou esse movimento. No Brasil o evento teve início em 2017 no estado de São Paulo, no Rio é a primeira vez, hoje diversas cidades do mundo já realizam a homenagem aos combatentes”.
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