1.7.18

A DOR QUE OS CRIADORES DAS FAKE NEWS OFICIAIS NÃO SENTEM SERÁ REVELADA PELA HISTÓRIA [VÍDEO]

ANDRÉ MOREAU -


A dor de cada um é sempre a maior dor, porque ninguém mais vai sentir a sua dor. Por isso a dor de cada um, a dor do eu, é sempre a maior dor. A dor dos desempregados dos estaleiros é a maior dor das famílias desamparadas, porque ninguém se coloca no lugar deles para saber como fica a falta de comida na mesa.

A dor das famílias que perderam seus filhos em "operações", abrem feridas nos seres humanos das favelas que nunca serão cicatrizadas. A dor de dente do filho de uma mãe da Av. Vieira Souto dói mais do que a dor de uma mãe que teve o filho morto dentro da escola do Estado, na periferia.

A dor dos desabrigados do edifício do Centro de São Paulo pode ser maior do que a dor sentida pelos juízes Sérgio Morro e Bretas, diante da possibilidade de perderem o auxilio moradia?

Com base nesse raciocínio como admitir que há lógica na canetada do ministro Luiz Fux, autorizando empresários dos meios de comunicação comerciais a fiscalizarem o que é noticia falsa ou não?

O que dizer dos empresários dos meios de comunicação que ocultam informações verídicas por trás de narrativas como a da "lei e da ordem", sob a alegação do "combate ao crime organizado" que vem gerando tantas mortes de inocentes?

E o que falar dos empresários do consórcio que "legitimou" o impeachment, sem mérito, da Presidenta Dilma Rousseff, chancelado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que vem operando a mudança do sistema de governo a partir da Ação Penal 470 (mensalão)?

A lógica do questionamento nos leva de volta aos fatos que embasam a decisão do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, uma das últimas medidas do ministro Luiz Fux, antes do recesso do judiciário, que aprofunda o Estado de dor do cidadão brasileiro.

O verbete "fake news", sistematizado no dicionário Oxford, não leva em conta a origem da expressão: "uma mentira repetida mil vezes, se torna verdade", de autoria do marqueteiro Joseph Goebbels, para quem a "verdade" oferecida ao público deveria ser a "verdade" de interesse do Estado totalitário e de controle da população. Vale lembra que o marqueteiro de Adolfo Hitler, quando emparedado pela sua "verdade" e a verdade encontrada com a derrota, optou por matar os filhos e se suicidar com sua mulher, evitando assim o seu julgamento no Tribunal de Nuremberg, por crime contra a humanidade.

A "estratégia" do golpe de Estado nos remete a Khalil Gibran, quando assinalou que tudo que o homem faz na escuridão da noite, transparece na claridade do dia. A História é uma senhora implacável. Passam-se os anos mas um dia ela aparece.

Encerro questionando: por que a possibilidade de ter recibos dos votos nas urnas de primeira geração, que poderia permitir a recontagem dos votos, causou tanto incômodo aos ministros do STF?

ADVOGADO DEIXA MINISTROS INQUIETOS AO MOSTRAR AS FALHAS DA URNA ELETRÔNICA


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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, jornalabi.blogspot.com arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.