20.8.18

MORO, DE HERÓI BRASILEIRO A BANDIDO INTERNACIONAL!

EMANUEL CANCELLA -


Com a prisão sem provas de Lula, com a finalidade de impedir sua candidatura, o juiz Sergio Moro, chefe da Lava Jato, é contestado pela ONU, Papa Francisco e Interpol.

O golpe no Brasil virou ponto principal da mídia internacional. Até o Comitê da ONU pede ao Brasil que deixe Lula concorrer e fazer campanha da prisão(2).

A igreja católica, cujo maior número de adeptos da religião está situado no Brasil, também se manifestou (9): “O ex-chanceler Celso Amorim esteve hoje pela manhã com o Papa Francisco, no Vaticano”. E num livro A Verdade Vencerá escreveu uma mensagem para que Amorim entregue ao ex-presidente Lula.

Em espanhol, a mensagem manuscrita diz: A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco” (3).

Com relação à Interpol:

“INTERPOL reconhece que juiz Sérgio Moro não é isento em caso Tacla Duran”: Em decisão que retira Rodrigo Tacla Duran da lista de procurados internacionais, a Interpol reconhece que a conduta do juiz Sérgio Moro lança dúvidas sobre a garantia de respeito à Declaração Universal dos Direitos Humanos na cooperação entre as forças policiais” (4).

O juiz Sergio Moro prendeu, sem provas, Lula, líder máximo do PT, num claro intuito de impedir sua candidatura. Moro mostra-se fiel a seu receituário de destruir a Petrobrás, defendida por Lula, blindar os tucanos e perseguir o PT.

Moro já é conhecido por agir politicamente, já que chefiou a investigação do Banestado, escândalo que, segundo o senador Roberto Requião, do PMDB/PR, foi maior que o Mensalão e o Petrolão, quando a roubalheira surrupiou meio trilhão de reais dos cofres públicos; um escândalo exclusivamente tucano, entretanto nenhum deles foi preso (5).

Um dos envolvidos no escândalo do Banestado, o senador Álvaro Dias, do PSDB, agora candidato à presidência pelo partido PODE, convidou Moro para ser seu ministro da Justiça, caso eleito. Álvaro Dias retribui a Moro o favor da blindagem no Banestado (6,7).

O juiz Sergio Moro, tanto na Lava Jato, como no Banestado, não validou nem vazou nenhuma delação premiada contra os tucanos.

Moro também proíbe o uso de delações contra colaboradores, ou seja, os ladrões da Petrobrás, que estão pagando suas penas em suas casas verdadeiros clubes de lazer construídos com dinheiro da roubalheira e os tucanos capitaneado por FHC, ficarão agora protegidos (11).

Segundo Moro, não podem investir contra eles os seguintes órgãos: MPF; a CGU (Controladoria Geral da União); TCU (Tribunal de Contas da União); AGU (Advocacia Geral da União); Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica); Receita Federal e  Banco Central (8).

Não podemos esquecer que em novembro de 2016 foi protocolada denuncia no MPF de omissão da Lava Jato em relação a gestão criminosa dos tucanos, FHC e Pedro Parente na Petrobrás até hoje sem resposta (10).

Moro, um dos cabeças do golpe, com a prisão sem provas de Lula, conseguiu unir contra ele a Igreja católica, a ONU e a Interpol.

O golpe, capitaneado inclusive pela Lava Jato, conseguiu até unir, como num milagre Igreja católica e carnaval. Além da manifestação do Papa Francisco imagens da Globo para o mundo no carnaval do Vampirão Neoliberal no desfile na Sapucaí, da Paraiso da Tuiuti.

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