27.9.18

O IMPENETRÁVEL VOTO FEMININO, MISTERIOSAMENTE DESVIADO PARA BOLSONARO

HELIO FERNANDES -


52 por cento do eleitorado nacional é composto por mulheres. Como 146 milhões de cidadãos-contribuintes-eleitores estão inscritos, significa que 74 milhões são mulheres. 2 milhões delas, responsáveis e compenetradas, resolveram fazer campanha pela democracia, inscrevendo e escrevendo nas redes: "Mulheres CONTRA Bolsonaro".

Hackers, orientados pelo comando da chapa Bolsonaro-Mourão, invadiram as redes, mudaram uma palavra, transformaram tudo. Ficou assim: "Mulheres COM Bolsonaro". São capazes de tudo, como se constata desde o inicio da campanha.

No ano passado, pesquisas mostraram que 12 por cento das mulheres, 16 milhões do total delas, apoiavam e votavam em Bolsonaro.

Fiquei surpreendido. Lamentei. Mas compreendi Essas 16 milhões de mulheres eram casadas ou filhas de desmemoriados e desencontrados bolsonaristas, votariam no candidato da casa. Por que descumpririam ordens e apoiariam um desconhecido?

Agora surgiu um fato novo, fartamente denunciado, provado e documentado: BOLSONARO AMEAÇOU DE MORTE A EX-MULHER, QUE TEVE QUE FUGIR DO BRASIL. Enquanto todas as 74 milhões de mulheres, democratas ou não, pensam sobre esse problema espantoso, acrescentarei mais dados e detalhes, sobre o caráter de Bolsonaro.

BOLSONARO AMEAÇA DE MORTE A EX-MULHER

Está registrado no Itamaraty, agora revelado surpreendentemente por Jornais (Estadão, Globo, Folha) e televisões. Todos publicaram com destaque. Sendo que a Folha preferiu a manchete da Primeira: "Bolsonaro ameaçou sua ex-mulher, diz documento". O fato criminoso começou em 2009, quando Bolsonaro se separou da mulher, Ana Cristina Valle, fato comum, que cada vez se repete mais.

Ele entrou na justiça, pretendendo a guarda do filho. Perdeu, ameaçou de morte a ex-mulher, que apavorada, fugiu para a Noruega. Mas registrou tudo, em documento oficial no Itamarati.

Agora voltou para o Brasil, que é o seu país, onde quer viver. E vai tentar retomar a vida política. Mas continua amedrontada, apavorada, aterrorizada. E procura disfarçar e desmentir os fatos que ela mesma revelou e documentou, ou não se saberia.  Afirmação estranha dela: "Bolsonaro é bom pai e bom ex-marido". Tinha que se transformar em fato - manchete, ele é candidato a presidente da Republica.

Ganhando ou perdendo, mais um tormento para o país.

E para as mulheres, uma realidade sem credibilidade: como votar num homem que ameaça de morte a ex-mulher? Para o país, uma suposta ou presumida vitória dele, quanto tempo de intranquilidade ou até o pior?