4.1.19

CONTINUOU A GLORIFICAÇÃO DE BOLSONARO, NÃO COMO PRESIDENTE E SIM COMO ENVIADO DE DEUS

HELIO FERNANDES -


Ele mesmo comanda essa exaltação, quase canonização. Mesmo nos seus discursos disparatados e estapafúrdios, não esquece: "Deus me enviou e o povo me elegeu". Um grupo não majoritário, insiste em identifica-lo como mito. O Chefe da Casa Civil, interrompeu seu próprio discurso de posse, pediu uma salva de palma para Bolsonaro.

Quem se salvou ontem, foi Paulo Guedes. Falou durante 49 minutos, interrompido varias vezes por aplausos. Deixou marcas, que se executadas deixarão resultados positivos. Vejamos.

A prioridade absoluta é a reforma da Previdência. Se conseguirmos aprová-la, teremos 10 anos de economia consolidada.

Para isso, precisamos do apoio do Congresso e recorreremos a todos para essa aprovação. Se não conseguirmos aprovar no plenário, faremos a reforma através de emenda constitucional.

Mas ganhou mais aplausos ao falar sobre DESIGUALDADE. Foi taxativo, incisivo, definitivo. Como foi o ponto mais importante (o próprio Bolsonaro não deve ter gostado) vou usar aspas para que fique bem claro que a constatação é dele, e a afirmação do fim da desigualdade também.

"Os representantes dos Três Poderes recebem as mais altas aposentadorias. O povo não recebe nada. Essa desigualdade será eliminada".

RODRIGO MAIA CONFIRMA O REPÓRTER

Ha mais de 1 mês, revelei: sua reeleição está garantida, no dia 1 de fevereiro, será eleito para mais 2 anos como presidente da Câmara. Vem tratando disso e coordenando seu novo mandato, quando estávamos em plena campanha eleitoral. Ninguém imaginava quem seria o presidente da Republica.

Maia planejava 2 anos na presidência da Câmara até 2020.

A partir daí, tentaria completar seu plano, se candidatando a presidente da Republica em 2022. Depois de muita hesitação, o PSL (Bolsonaro) decidiu reforçar a vitoria de Rodrigo Maia. Mas tudo termina aí, ninguém está tão longe da presidência da Republica quanto Maia, sem a menor chance.

Haja o que houver, quem está mais perto da presidência, é o vice, general Mourão. Mas isso é outra historia.

O EXIBICIONISMO DO CHANCELER

Tomou posse discursando em grego, latim e Tupy Guarany. Ninguém entendeu nada. Em matéria de diplomacia propriamente dita, total exclusão. Encampou a posição do próprio Bolsonaro, de total submissão e subserviência aos EUA e Israel.

Vergonhoso, perigoso, ruinoso.