Ele mesmo comanda essa exaltação, quase canonização. Mesmo nos seus discursos
disparatados e estapafúrdios, não esquece: "Deus me enviou e o povo me
elegeu". Um grupo não majoritário, insiste em identifica-lo como mito. O
Chefe da Casa Civil, interrompeu seu próprio discurso de posse, pediu uma salva
de palma para Bolsonaro.
Quem se
salvou ontem, foi Paulo Guedes. Falou durante 49 minutos, interrompido varias
vezes por aplausos. Deixou marcas, que se executadas deixarão resultados
positivos. Vejamos.
A prioridade
absoluta é a reforma da Previdência. Se conseguirmos aprová-la, teremos 10 anos
de economia consolidada.
Para isso,
precisamos do apoio do Congresso e recorreremos a todos para essa aprovação. Se
não conseguirmos aprovar no plenário, faremos a reforma através de emenda
constitucional.
Mas ganhou
mais aplausos ao falar sobre DESIGUALDADE. Foi taxativo, incisivo, definitivo. Como
foi o ponto mais importante (o próprio Bolsonaro não deve ter gostado) vou usar
aspas para que fique bem claro que a constatação é dele, e a afirmação do fim
da desigualdade também.
"Os representantes dos Três Poderes recebem as mais
altas aposentadorias. O povo não recebe nada. Essa desigualdade será
eliminada".
RODRIGO MAIA CONFIRMA O REPÓRTER
Ha mais de 1 mês, revelei: sua reeleição está garantida,
no dia 1 de fevereiro, será eleito para mais 2 anos como presidente da Câmara.
Vem tratando disso e coordenando seu novo mandato, quando estávamos em plena
campanha eleitoral. Ninguém imaginava quem seria o presidente da Republica.
Maia planejava 2 anos na presidência da Câmara até 2020.
A partir daí, tentaria completar seu plano, se candidatando a presidente da
Republica em 2022. Depois de muita hesitação, o PSL (Bolsonaro) decidiu reforçar a vitoria de
Rodrigo Maia. Mas tudo termina aí, ninguém está tão longe da presidência da
Republica quanto Maia, sem a menor chance.
Haja o que
houver, quem está mais perto da presidência, é o vice, general Mourão. Mas isso
é outra historia.
O EXIBICIONISMO DO CHANCELER
Tomou posse discursando em grego, latim e Tupy Guarany. Ninguém entendeu nada.
Em matéria de diplomacia propriamente dita, total exclusão. Encampou a posição
do próprio Bolsonaro, de total submissão e subserviência aos EUA e Israel.
Vergonhoso, perigoso, ruinoso.