31.3.19

MILÍCIAS CHEGAM A 26 BAIRROS DO RIO E A OUTRAS 14 CIDADES DO ESTADO

REDAÇÃO -


As repercussões sobre supostas ligações da família do presidente Jair Bolsonaro com milicianos no Rio, que estariam envolvidos na morta da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), a relação entre grupos paramilitares e políticos voltou a ganhar destaque na imprensa nacional. E um dado é preocupante para as autoridades do Rio: as quadrilhas estão presentes em 14 cidades do estado e fincaram raízes em 26 bairros da capital. Somente no município do Rio, estão sob o jugo de milicianos, direta ou indiretamente, cerca de 2,2 milhões de pessoas. Após o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no ano passado, houve um recorde de denúncia sobre milicianos. Apenas na cidade do Rio, foram feitas 4.441 denúncias em 2018, contra 2.434 em 2017, um aumento de 82%. As estatísticas foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Os grupos fazem exploração de transporte clandestino, a venda pirata de sinais de TV a cabo e a cobrança de taxas de segurança. Para despistar a política, eles passaram a investir em novas atividades, como extração de areia para obras e em agiotagem, grilagem e contrabando de cigarros.

Os integrantes das quadrilhas também abriram frentes abertas na Baía de Guanabara, onde já se tem notícias de extorsão de dinheiro de pescadores, informou o jornal.

Em janeiro, por exemplo, foi realizada em Rio das Pedras a operação Os Intocáveis, que contou com 13 mandados de prisão contra suspeitos de comandar o grupo paramilitar da comunidade.

Curiosamente, Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), se escondeu nesta favela por causa da repercussão sobre sua movimentação atípica de R$ 1,2 milhão feita durante um ano. O valor foi identificado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Fonte: 247