29.4.19

A DESINFORMAÇÃO QUE TOMOU CONTA DA IMPRENSA BRASILEIRA TEM ORIGEM E IMPRESSÕES DIGITAIS

ANDRÉ MOREAU -


A Associação Brasileira de Imprensa segue distante da realidade que afeta a todos os cidadãos brasileiros, inclusive os trabalhadores associados, tanto jornalistas brasileiros, como portugueses.

Além do episódio de desaparecimento do livro de Atas das eleições de 2016, sumido desde então, o Jornal da ABI foi tirado de circulação, após publicação em um dos últimos exemplares, de matéria sobre o plano posto em prática pelo Sr. Domingos Meirelles responsável pela contratação de urnas eletrônicas de primeira geração (não confiáveis de acordo com depoimento do Confrade Osvaldo Manechy, em um dos programas IDEA do Canal de Televisão Unitevê - UFF).

Dessa forma, aquele profissional que não tem acesso a tecnologia informática, ou seja, a esmagadora maioria dos jornalistas oriundos da senzala que atuaram ou não na chamada “grande imprensa”, só tiveram acesso ao texto impresso a respeito de um dos mais importantes fatos políticos, do mês, ocorrido na terra lusitana, sexta-feira (26).

O ex-primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, vítima de processo que corre pela Justiça lusitana, semelhante ao que retirou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva das eleições de outubro de 2018, disse que a crítica feita pelo ministro, Sérgio Moro, sobre a morosidade da justiça portuguesa, se tratava de intromissão em assuntos Constitucionais de Portugal.

Cumpre lembrar que a fala disparada pelo ex-juiz da Lava-jato ganhou destaque inclusive na chamada “grande imprensa” estrangeira, ao contrário da manipulação de informações que ocorre no Brasil - orientada pelo bloco de agências associadas ao esquema neoliberal -, que já deveria ter sido motivo de diversas denúncias através do “site” da ABI, isso se a Casa dos Jornalistas estivesse sendo administrada por um jornalista mais atento aos rumos que o País vem tomando.

O ex-primeiro ministro, Sócrates, deu uma aula de democracia em sua fala sobre a crítica feita pelo citado membro do governo brasileiro. A questão só não foi divulgada no site da Casa dos Jornalistas que o Sr. Domingos Meirelles administra como se fosse sua, tendo como vice o Sr. Paulo Jerônimo, ambos candidatos das chapas 1 e 2 que concorrem à presidência da Casa dos Jornalistas, para satisfazer interesses pessoais.

Vale lembrar ainda que a matéria sobre a intromissão do ministro brasileiro, em assuntos estrangeiros, foi publicada no Jornal “Público” de Portugal, da qual ressaltamos a resposta à declaração do ministro Sérgio Moro de “(...) não debater com criminosos” afirmando que “(...) Chamar ‘criminoso’ a um cidadão que não foi julgado nem condenado é um absurdo que revela a verdadeira natureza de Sérgio Moro. Um juiz - político (ou um político – juiz) que nem num país que o recebe mostra perceber o que é o respeito diplomático. E, já agora, o que é um Estado de direito pleno”.

No Brasil, o conflito criado em Portugal pelo ministro brasileiro, só teve o destaque devido, na Revista “Carta Capital”. Trata-se portanto de leitura obrigatória para todo jornalista, inclusive associado da ABI, interessado em interferir de alguma forma na mudança de rumo do esquema que vem sendo imposto no Ocidente.

*André Moreau, é Jornalista e Cineasta, Coordenador da Chapa Villa-Lobos arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019 na ABI - Associação Brasileira de Imprensa, jornalabi.blogspot.com