28.5.19

O MINISTRO GUEDES, O CAPITÃO PRESIDENTE, UM FESTIVAL DE CONTRADIÇÃO QUE SE REPETE

HELIO FERNANDES -


Para o governo, (desgoverno) acima e alem da "Nova Previdência" não existe mais nada. Quando o projeto foi entregue á Câmara, só existiam dois personagens que defendiam de forma intransigente a "economia de um trilhão em 10 anos". O ministro Guedes e o capitão presidente.

Eventualmente aparecia o presidente da Câmara, pelo fato de ter sido eleito com o voto de 334 deputados. Para aprovar o "projeto salvação da Republica", são necessários apenas (?) 307. Mas Rodrigo Maia foi atingido duramente pelas redes,se afastou ou foi afastado.

O ministro da Economia e o presidente da Republica têm sempre duas versões sobre o mesmo assunto. Já identifiquei o comportamento do ministro, como forma de intimidação. Agora, o presidente da comissão especial, diz " que ele usa chantagem". O relator dessa mesma comissão fala no poder do Congresso, "nós é que vamos decidir".

Hoje pode ser a data chave para a aprovação do "projeto maravilha", termina politicamente  o primeiro semestre, que consideram que é o tempo aceitável, erro ou equivoco inaceitável. O ministro aparece com as duas versões conflitantes, que joga para as manchetes e holofotes, com o mesmo destaque.

1- " Se aprovarem uma reforminha, deixo o cargo, vou embora do Brasil". (Para ele, reforminha é qualquer coisa abaixo de 1 trilhão em 10 anos).

2- "Tenho excelente relacionamento com o Congresso, nosso dialogo é permanente".  (Não foi isso que se viu nas duas vezes em que foi á Câmara. Na CCJ e no plenário. Depois de 7 horas de discussão, se queixou de hostilidade, sem ser defendido por ninguém).

Depois do  ministro, chegou a vez do capitão- presidente apresentar as suas duas versões.

1- "Ninguém é obrigado a ser ministro meu", textual. "È um direito do ministro sair,se a reforma não for aprovada".

2- "Sem a Nova Previdência, será o caos, já em 2020". No nordeste, o capitão referendou o discurso do presidente da Comissão Especial, " o projeto será aprovado com Guedes ou sem ele". O capitão fez questão de
dar a ultima palavra: " O casamento do ministro com a aprovação do projeto, nunca foi tão solido".

Como repórter nunca tive duvidas: o projeto será aprovado na Câmara e no Senado,sem maiores problemas.

Os obstáculos, cada vez maiores, surgirão na fase da execução. Não chegarão nem perto do trilhão. Agora falou em renunciar. Repetirá a ameaça (?) quando não conseguir superar as dificuldades contidas no projeto da autoria dele mesmo?