ANDRÉ MOREAU -
A população brasileira ocupou as principais praças públicas do País (30), para protestar contra o governo federal, principalmente em função do corte de verbas para as instituições de ensino público. Os protestos ocorreram em vinte e cinco estados e no Distrito Federal, aonde um estudante foi preso e uma mulher passou mal, ao inalar gás das bombas disparadas pela polícia. Trata-se de um movimento organizado, por estudantes, professores, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos. As passeatas tiveram como palavras de ordem o afastamento imediato do ministro da educação Abraham Weintraub, carregando o repúdio ao corte de verbas para a educação e, ensaiando o “Fora Bolsonaro” grafado em faixas e cartazes. Os manifestantes deram continuidade aos protestos desencadeados contra o golpe de estado, a prisão do ex-presidente Lula, o desmonte da CLT e como não poderia deixar de ser, a ameaça do fim da Previdência Social, imposta aos trabalhadores e aposentados pelo banqueiro fiel devoto dos Chicago Boys.
Ministro diz que professores coagem os alunos, transforma ministério em palco de teatro e ofende ator Jimmy Kelly
Paralelamente às mobilizações espontâneas, realizadas por pessoas de diversos segmentos sociais, em outra desastrosa aparição num vídeo publicado na “grande rede” o ministro da Educação, Abraham Weintraub, esfaqueou a Constituição já tão abalada, ao incentivar a repressão contra pais, alunos e professores, tentado dizer que não é fato a verdade sobre o corte de verbas. Posteriormente, o ministro insultou a memória do ator Jimmy Kelly, ao pisar na língua portuguesa, “(...) haviam (Sic) emendas parlamentares (...)” quando imitou grotescamente a principal cena de “Cantando na Chuva”.
Os audiovisuais dirigidos aos seus seguidores são assinados pelo “Poder 360”. O tom é de ameaça como se os cidadãos que não comungam da mesma doutrina, fossem débeis mentais, incapazes de discernir sobre o significado de corte e/ou contingenciamento. O deboche deixou transparecer um misto de nervosismo e cinismo, para o público em geral. A sensação que passa, é de alguém em queda livre que, mesmo nessa condição, parece não querer se despedir do cargo para o qual nunca esteve capacitado.
Ensaio para a greve geral
Ao contrário das manifestações promovidas sob a orientação dos editores dos veículos de massa do Grupo Globo (26), que incitaram incautos a defenderem o desmonte da Previdência Social e o projeto do ministro da justiça Sérgio Moro que, se aprovado, acarretará num aumento considerável do número de pessoas pobres internas em presídios, o que “justifica” uma das maiores jogadas do “deus” mercado: a privatização do sistema penitenciário aos moldes do implantado nos Estados Unidos da América, aonde não há nenhuma previsão de ressocialização, somente ganhos pecuniários para os exploradores.
* André Moreau, é jornalista.
A população brasileira ocupou as principais praças públicas do País (30), para protestar contra o governo federal, principalmente em função do corte de verbas para as instituições de ensino público. Os protestos ocorreram em vinte e cinco estados e no Distrito Federal, aonde um estudante foi preso e uma mulher passou mal, ao inalar gás das bombas disparadas pela polícia. Trata-se de um movimento organizado, por estudantes, professores, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos. As passeatas tiveram como palavras de ordem o afastamento imediato do ministro da educação Abraham Weintraub, carregando o repúdio ao corte de verbas para a educação e, ensaiando o “Fora Bolsonaro” grafado em faixas e cartazes. Os manifestantes deram continuidade aos protestos desencadeados contra o golpe de estado, a prisão do ex-presidente Lula, o desmonte da CLT e como não poderia deixar de ser, a ameaça do fim da Previdência Social, imposta aos trabalhadores e aposentados pelo banqueiro fiel devoto dos Chicago Boys.
Ministro diz que professores coagem os alunos, transforma ministério em palco de teatro e ofende ator Jimmy Kelly
Paralelamente às mobilizações espontâneas, realizadas por pessoas de diversos segmentos sociais, em outra desastrosa aparição num vídeo publicado na “grande rede” o ministro da Educação, Abraham Weintraub, esfaqueou a Constituição já tão abalada, ao incentivar a repressão contra pais, alunos e professores, tentado dizer que não é fato a verdade sobre o corte de verbas. Posteriormente, o ministro insultou a memória do ator Jimmy Kelly, ao pisar na língua portuguesa, “(...) haviam (Sic) emendas parlamentares (...)” quando imitou grotescamente a principal cena de “Cantando na Chuva”.
Os audiovisuais dirigidos aos seus seguidores são assinados pelo “Poder 360”. O tom é de ameaça como se os cidadãos que não comungam da mesma doutrina, fossem débeis mentais, incapazes de discernir sobre o significado de corte e/ou contingenciamento. O deboche deixou transparecer um misto de nervosismo e cinismo, para o público em geral. A sensação que passa, é de alguém em queda livre que, mesmo nessa condição, parece não querer se despedir do cargo para o qual nunca esteve capacitado.
Ensaio para a greve geral
Ao contrário das manifestações promovidas sob a orientação dos editores dos veículos de massa do Grupo Globo (26), que incitaram incautos a defenderem o desmonte da Previdência Social e o projeto do ministro da justiça Sérgio Moro que, se aprovado, acarretará num aumento considerável do número de pessoas pobres internas em presídios, o que “justifica” uma das maiores jogadas do “deus” mercado: a privatização do sistema penitenciário aos moldes do implantado nos Estados Unidos da América, aonde não há nenhuma previsão de ressocialização, somente ganhos pecuniários para os exploradores.
* André Moreau, é jornalista.
