1.6.19

FAKE NEWS PUBLICADO NO THE WASHINGTON POST PROVOCA DIPLOMATAS DA RÚSSIA

ANDRÉ MOREAU -

Com base em informações da RT.


A embaixada da Rússia em Washington desmentiu informações do Jornal The Washington Post, contidas no artigo intitulado “Alto funcionário de inteligência militar dos EUA disse que Rússia ‘provavelmente’ não acata proibição de testes nucleares” assinado por Paul Sonne (1). Os diplamatas russos qualificaram a publicação como um mentira e um exemplo de falta de profissionalismo.

A indignação gerada também se refere a contra-informação de que ‘Washington e Moscou negociam um futuro Nuevo START (Tratado de Redução de Armas Estratégicas, que expira em 2021)’.

“Não sabemos nada sobre esses contatos. Destacaremos que o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, propôs a Donald Trump estudar a possibilidade de prolongar o acordo além do ano de 2021. Até agora sem resposta” declararam os embaixadores.

O artigo de Paul Sonne, em The Washington Post centrou as afirmações nas palavras do diretor da Agencia de Inteligência e de Defesa dos EUA, Robert P. Ashley Jr. que é quem sugere que “Rússia ‘provavelmente’ não acata proibição de testes nucleares” e nas de Tim Morrison, diretor para Armas de Destruição em Massa no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca quem sugeriu que “Rússia havia tomado medidas para melhorar a capacidade de suas armas nucleares” e em seguida da como certa uma frase de Morrison que assegura não haver interesse por parte dos russos em estender o “Nuevo START” já que os preocupa que os EUA não cumpram plenamente o acordo existente.

Cumpre ressaltar que os diplomatas rossos, desmentiram as declarações de Morrison de que a Rússia não se interessa em prolongar o acordo e que recordaram outras palavras suas mais recentes segundo as quais a administração de Trump tomaria outras medidas sobre a possibilidade de prorrogação do acordo, mas não antes de 2020. “Entendemos que não só os russos, mas também os estadunidenses querem saber quem exatamente e com base em que autoridade, discute o futuro do acordo” afirmaram os diplomatas.

Os diplomatas russos acusaram o autor do artigo, Paul Sonne, de mentir de maneira descarada ao afirmar que a Embaixada não respondeu imediatamente a uma solicitação de comentário e declararam que nunca foi feita por parte do citado jornal, nenhuma solicitação nesse sentido. “Estamos prontos para responder as perguntas dos jornalistas. O que não fica claro, é porque se procura induzir ao erro, os leitores do The Washington Post”.

* André Moreau, é jornalista e diretor do IDEA, programa de TV da Unitevê – Universidade Federal Fluminense (UFF).