HELIO FERNANDES -
Aproveitou o sábado para discursar sobre seu assunto obsessão, a reforma da nova Previdência. O ministro é o único que defende de forma intransigente o projeto "salvação da Republica". Faz o obrigatório, pois o projeto é todo dele, sem a participação de ninguém.
Imaginado, redigido, vendido (em qualquer sentido) unicamente por ele, á Câmara, diretamente, e à comunidade, indiretamente. Ninguém pode dizer que não leu ou não viu, Paulo Guedes. Ele fala normalmente para 300 jornalistas. (De preferência para a TV. É atração polemica e indiscutível, audiência garantida).
No sábado voltou ao discurso- combate, só que mais incompreensível do que nunca. Para entender o ministro, só transcrevendo na integra.
Textual, leiam com atenção: "Acho que a votação será meio a meio". Para quem luta pela aprovação, foi estimulo para os que pretendem votar contra a "salvação da Republica" ou alterar o projeto.
Com esse comentário, Guedes se comprometeu, pensando (?) que pode vencer numa votação, "meio a meio". Equivoco total do ministro. Já disse varias vezes: "A Nova Republica será aprovada com certa facilidade".
Não diria a mesma coisa a respeito da EXECUÇÃO do projeto. O roteiro será derrotado, pelo menos em 50% do previsto e imaginado. O governo (desgoverno) começará a enfrentar obstáculos, assim que o projeto sair da Câmara.
