8.6.19

RESISTÊNCIA DA VENEZUELA SE TORNOU EXEMPLO CONTRA A ONDA NEOCOLONIAL QUE ATRAVESSA A AMÉRICA LATINA

ANDRÉ MOREAU -


O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje no seu Twitter que, "Em exercício pleno de nossa soberania, ordenei a abertura de dois pontos de fronteira com a Colômbia no Estado de Táchira a partir deste sábado 8. Somos um povo de paz que defende fortemente nossa independência e autodeterminação" destacou o mandatário, assim que abriu as fronteiras com a Colômbia, fechadas visando conter os crimes de bloqueios praticados por membros do Grupo de Lima e Washington, que pretendiam acirrar suas ações em fevereiro (23).

Para Maduro, não há dúvida de que "Há um império e um Grupo de Lima que pretende dividir a América Latina para a entregar como uma presa às elites governantes de Washington; frente ao Grupo de Lima, que pretende dividir, aqui surge uma força para unir os povos desde a profundidade de sua vida social, econômica, cultural e política", disse o presidente venezuelano, em Caracas, destacando a importância da posição de resistência como exemplo aos povos de outros países do Continente.

O Povo venezuelano vem resistindo a onda de ataques com sabedoria, trabalhando junto ao governo da Venezuela, apoiados pelos governos da Rússia, China, Irã, Índia e Turquia, pelo bem estar social e a defesa de sua soberania. As propagandas estadunidenses e do Grupo de Lima, de desestabilização, encobertas pela cortina de fumaça travestida de "ajuda humanitária" foram contidas (23/2) e desmentidas pela Cruz Vermelha, assim como a "invasão estrangeira," contratada pelos presidentes colombiano Ivan Duque e o estadunidense Donald Trump, que embarcaram nas delirantes promessas do príncipe dos "guarimbeiros," Juan Gerardo Guaidó Márquez.

Para desgraça dos golpistas que caíram na citada conversa fiada, o Povo da Venezuela foi para as fronteiras e ruas defender com bravura a Revolução Bolivariana, lembrando Fidel Castro, "Preferimos perecer a renunciar a nossa soberania," dando outra aula de dignidade a todos os povos do Continente. Diante dessa realidade, representantes do Grupo de Lima e do Grupo de Contato Internacional, decidiram coordenar diálogos com os países que apóiam Maduro, na tentativa de miná-los (3/6), sob o argument da suposta pretensão de "promover uma transição para eleições com todas as garantias que permitam superar a crise política e econômica que o país está vivenciando".

Um pergunta que não foi respondida pelo emissário da Colômbia em entrevista no Canal de Televisão Rússia Today: e se Maduro antecipar as eleições e vencer? Nos remete à pergunta que não quer calar: vão fazer o que fizeram no Brasil, ao condenar sem provas e prender o presidente?

Ainda não foi dessa vez que o príncipe dos guartimbeiro, auto proclamado presidente, conseguiu forjar um argumento capaz de promover uma guerra na Venezuela como a promovida pelo presidente George W. Bush, assessorado por John Bolton e Mike Pompeo que fizeram a seguinte ponderação para promover a guerra contra o Iraque: "encontrem os pretextos, eu me encarrego da guerra". O pretexto foi o "fake news" sobre a produção de armas químicas, promovido na velocidade da tecnologia informática, imobilizando os incautos diante do massacre no qual a cabeça do presidente Saddam Hussein, foi arrancada, ao estilo do velho oeste.

*André Moreau, é jornalista, diretor do IDEA, programa de TV – Unitevê, Canal Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Coordenador da Chapa Villa-Lobos na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) blog jornalabi.blogspot.com