ROGER MCNAUGHT -
Rio de Janeiro - Após 6 dias do bárbaro crime que chocou o planeta, onde a
vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson foram brutalmente assassinados
de forma covarde no centro do Rio de Janeiro, a mobilização popular se mostra
cada vez mais vigorosa e contundente na busca por respostas e justiça.
Marielle, que era uma árdua defensora dos direitos humanos e
militante das causas sociais, foi assassinada e os indícios apontam em várias
direções podendo implicar agentes da segurança pública inclusive – o que não
seria novidade alguma para a população fluminense.
Diante das informações desencontradas fornecidas até agora
pelas autoridades e a desconfiança de que a investigação pode não revelar os
autores do crime, a população iniciou uma onda de manifestações volumosas,
tomando todas as ruas do centro do Rio e algumas áreas periféricas logo após o
assassinato de Marielle e Anderson e nesta terça-feira 20 de março não foi
diferente.
Uma manifestação reunindo
milhares de pessoas tomou conta do centro, da Candelária à Cinelândia, com
gritos pedindo por justiça e pelo fim da violência contra pessoas negras e
pobres no Rio de Janeiro.
Durante o trajeto via-se a dor estampada nos olhos de muitos
presentes e informalmente o vereador Leonel Brizola (colega de bancada da
vereadora Marielle pelo PSOL) destacou a importância de manter viva toda a luta
e as pautas defendidas por Marielle.
Somando-se ao apelo popular, uma orquestra se apresentou
tocando desde músicas eruditas até clássicos dos movimentos populares como a
“Internacional Socialista” e canções de luta contra o regime militar. As vozes ouvidas eram não apenas de artistas
mas de toda a multidão que ocupava o centro do Rio em um misto de dor, revolta
e reafirmação dos compromissos com a luta popular.
Continuaremos junto aos trabalhadores cobrando respostas e
justiça, e que não mais se mate nossa gente.