3.6.19

PEQUIM NÃO ADMITE QUE WASHINGTON SEPARE TAIWAN DA CHINA CONTINENTAL

ANDRÉ MOREAU -

Com base em informações da RT (02/06).


O mapa da China garante “Um país, dois sistemas, uma China unificada”, referindo-se a ilha de Lieyu (Taiwán).

Em resposta as conspirações que ameaçam a China continental impostas por Washington, contra o governo de Taiwan e da República Popular da China, o ministro de Defesa da República Popular da China, Wei Fenghe, anunciou que seu País está disposto a “(...) lutar até o fim e a todo custo” para proteger seus interesses nacionais, tanto economicamente - em meio a guerra comercial deflagrada pelos EUA -, como militarmente, se alguma força externa se atrever a desafiar a política da China, visando separar Taiwán do Continente.

As declarações do ministro foram feitas no marco do foro de segurança Diálogo de Shangri-La, um dia após a tentativa estadunidense, de Patrick Shanahan, em formar uma coalizão internacional contra o crescente poder da China no Pacífico.

“China está e estará reunida” afirmou o ministro da Defesa.

Wei ressaltou que não cederão “nenhuma polegada” de sua “terra sagrada” e que o Exercito Popular de Libertação chinês (EPL) serve “(...) exclusivamente para fins de defesa própria” portanto só atacará se for atacado.

Pequim anunciou que protegerá seus interesses territoriais em meio a batalha comercial com Washington.

A ameaça de um conflito maior se estende por todo Pacifico. O ministro enfatizou que China e EUA tem consciência de que uma guerra poderia significar um desastre para ambos. Além do que Pequim está totalmente comprometida com a paz e a estabilidade regional e nunca investirá em políticas expansionistas.

“Se os EUA querem conversar, manteremos a porta aberta, se querem lutar, lutaremos até o final” - afirmou o ministro ao se referir aos conflitos comerciais. “Uma brincadeira, é bem vinda. Uma luta, estamos prontos. Nos intimidam? De nenhuma forma” - enfatizou Wei.

China intima EUA a “não subestimar” a determinação de Pequim para defender sua soberania.

Sem dúvida a respeito do que determina a República Popular da China, o funcionário chinês acrescentou que apesar dos altos e baixos com Washington, as relações bilaterais, cresceram nos últimos quarenta anos, “(...) A cooperação beneficia a ambos, a confrontação fere a ambos” - afirmou o político após destacar a importância da Comunicação entre as partes.

Anteriormente funcionários da China e de Washington, conversaram sobre as viagens de “(...) liberdade de navegação” de navios estadunidenses através do estreito de Taiwán, criticando e ultimando os EUA a respeitarem “(...) a unidade da China” que tem a ilha como uma parte do seu território.

O ministro Wei enfatizou que os chineses se opõem terminantemente a recente série de ações provocativas dos EUA no que concerne a Taiwán. “Os estadunidense não devem subestimar a determinação e a capacidade da China para defender sua soberania nacional e integridade territorial,” ressaltou antes de finalizar sua intervenção.

*André Moreau, é jornalista, diretor do IDEA, programa de TV Unitevê – Universidade Federal Fluminense (UFF) Coordenador da Chapa Villa-Lobos, Associação Brasileira de Imprensa (ABI)