7.5.17

‘CALABOUÇO – REBELIÃO E RESISTÊNCIA DOS ESTUDANTES CONTRA A DITADURA CIVIL-MILITAR EM 1968’, É LANÇADO PELO NÚCLEO IRREDENTOS E SEPE MARICÁ NO CINECLUBE HENFIL [VÍDEO]

DANIEL MAZOLA -

Faça o pedido por e-mail e receba nossos produtos no seu endereço.
[email protected]

PROMOÇÃO - Livro + Filme: R$ 39,90

Livro:
Calabouço – Rebelião e resistência dos estudantes contra a Ditadura Civil-Militar em 1968.
Autor: Geraldo Jorge Sardinha.
82 páginas, diversas fotos.

Documentário:
Calabouço - 1968, um tiro no coração do Brasil.
Roteiro e direção: Carlos Pronzato.
Produção: Paulo Gomes Neto e Geraldo Sardinha.
Edição: Juca Badaró.
Música: Sérgio Ricaro.
58 minutos.

Faça seu pedido:
[email protected]
Rio de Janeiro: (21) 2558-0537 / 97614-6144 / 98846-5176

***

‘CALABOUÇO – REBELIÃO E RESISTÊNCIA DOS ESTUDANTES CONTRA A DITADURA CIVIL-MILITAR EM 1968’, É LANÇADO PELO NÚCLEO IRREDENTOS E SEPE-MARICÁ NO CINECLUBE HENFIL [VÍDEO]

Geraldo Jorge Sardinha, autografando / Fotos: TIS.
O Cinema Público da Prefeitura Municipal de Maricá (RJ), Cineclube Henfil, abriu suas portas na ultima sexta-feira (5) para que o SEPE Maricá e o ‘Núcleo IRREDENTOS’ realizassem mais um lançamento do livro Calabouço – Rebelião e resistência dos estudantes contra a Ditadura Civil-Militar em 1968. O autor Geraldo Jorge Sardinhaparticipou diretamente da luta contra o regime militar brasileiro e uruguaio durante os anos de chumbo no continente sul-americano. Ao final da matéria confira o depoimento exclusivo para o site.

A missão dos Irredentos (adjetivo que significa: não redimido, não resgatado), núcleo político formado principalmente por remanescentes da luta armada, é contar didaticamente como foi a desumana luta contra os fascistas nos anos de chumbo. Filmes, livros, palestras, formação política, debates, reuniões, fazem parte das ações permanentes desses incansáveis lutadores. Durante essa parada na progressista Maricá, Geraldo Sardinha contou para interessados estudantes e cidadãos, a história do antigo restaurante Calabouço (dos estudantes), revivendo fatos políticos importantes que culminaram na morte do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto.

Sardinha ao lado da bandeira do Restaurante Calabouço, usada para cobrir o caixão do estudante Edson Luís 
Criado no governo de Getúlio Vargas, o Calabouço era um restaurante popular voltado aos estudantes de baixa renda, que após a instalação do regime fascista, em 31 de março de 1964, acabou se tornando um importante polo de oposição e resistência. O contexto, a história do protesto organizado pelos estudantes e reprimido pela Polícia Militar no qual Edson Luís foi morto e as consequências deste fato são contados em detalhes por Geraldo Sardinha, um dos militantes presentes na ocasião e que ajudou a carregar o corpo do estudante Edson Luís do restaurante Calabouço até a Assembleia Legislativa.

Plateia atenta as apresentações musicais
O autor, Geraldo Jorge Sardinha, disse "do Calabouço saíram muitos companheiros para a luta armada, foi lá também que despertei para a realidade da exploração e opressão". Lembrou diversos fatos que vivenciou em sua trajetória como militante político, quando foi preso e sofreu três longos anos no cárcere. Mesmo assim nunca se rendeu, continua com a chama revolucionaria acesa na consciência e na alma. “Continuo acreditando firmemente na Revolução (...). Se não há Pátria para todos, não há Pátria para ninguém!”, enfatizou.

O Irredento Paulo Gomes
O advogado e documentarista Paulo Gomes (escreveu o prefácio do livro) também deu seu depoimento a centenas de interessados que compareceram ao Cineclube Henfil. Paulo foi estudante do Calabouço e posteriormente membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), criada por Carlos Marighella. “Fazemos um trabalho de pedagogia, dialética, formação política. Estamos atuando em diversos países, coletivamente, principalmente com sindicatos e movimentos sociais. (...). A repressão segue hoje com toda força, e o inimigo ainda é o mesmo, os EUA. (...). O exemplo de Edson Luís está presente, a juventude precisa reconduzir as lutas, é hora de trocar o velho pelo novo”.

Ruan Vidal, estudante secundarista, presidente da AERJ
Ruan Vidal, presidente da Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (AERJ), disse que Edson Luís é um grande exemplo. “Hoje vivemos uma realidade semelhante, em Goiás temos um estudante a beira da morte, decorrente da truculência policial, vivemos uma conjuntura das piores da história (...). Faremos da nossa nova sede no centro do Rio de Janeiro o novo Calabouço. Na segunda-feira vamos para as ruas contra o fim do Passe Livre intermunicipal, concentração às 14h na Cinelândia, outro ataque cruel que vamos barrar!”.

A ‘Banda Docentes Bárbaros’, composta por músicos que também são professores em Escolas do Município de Maricá, apresentaram músicas que foram hinos de resistência contra a Ditadura Civil-Militar durante o evento. O poeta local Miguez emocionou o público com sua interpretação e poesia sobre os anos de chumbo. Presentes personalidades do mundo político e sindical.

Estudantes Presentes!
Também fizeram uso da palavra diretoras de Escolas, representantes do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação Núcleo Maricá (RJ), estudantes da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), Movimento de Mulheres Olga Benario, União da Juventude Socialista (UJS), e alunos das Escolas do Município de Maricá. Houve convergência em todas as falas sobre o tema 'violência e repressão' contra professores e estudantes, de ontem e hoje. ‘Liberdade para Rafael Braga’ e ‘Fora Temer’ era entoado a todo momento, norteando, reafirmando que precisamos seguir lutando, construindo a Revolução que um dia há de triunfar. Parabéns aos IRREDENTOS!

Leia também:

‘CALABOUÇO – REBELIÃO E RESISTÊNCIA DOS ESTUDANTES CONTRA A DITADURA CIVIL-MILITAR EM 1968’, LIVRO LANÇADO PELO NÚCLEO IRREDENTOS NA OAB-RJ