15.8.17

RJ: DIREITA NÃO RENÚNE NEM 50 PESSOAS E É ESCORRAÇADA PELA ESQUERDA NO CENTRO [VÍDEO]

ROGER MCNAUGHT -


O centro do Rio de Janeiro evidenciou a maior das verdades da política das ruas:  sem financiamento da “turminha do pato”, a direita não coloca nem 50 pessoas na rua.  Foi o que ocorreu hoje, dia 15 de agosto, na Cinelândia.

Com um carro de som e falas confusas, defendendo um projeto que censura professores em sala de aula e com falas de ódio à esquerda, cerca de cinquenta pessoas - com total apoio das tropas da Polícia Militar e da Guarda Municipal - causaram um enorme constrangimento a quem transitava pela área no final da tarde.

A rejeição à ideia de censurar professores – com o nefasto “escola sem partido” – foi generalizada.  Parlamentares, transeuntes, estudantes e até ambulantes que transitavam pela praça vaiaram e utilizaram de palavras de ordem para encerrar aquela obscenidade despropositada.  A rejeição ficou mais evidente quando se ouvia as palavras de ordem e o desprezo dos presentes para com a ideia defendida pelo “MBL”.

Ao perceberem que a população local estava se posicionando contra e que um grupo de jovens entoava palavras de ordem antifascistas, a polícia militar interviu atacando quem se posicionava contra a censura de professores, tornando o centro novamente em uma praça de guerra e espalhando gás em uma caçada aos estudantes e aos que demonstravam oposição à censura de professores.  Vale ressaltar que alguns policiais estavam totalmente equipados para atos ofensivos, um inclusive carregando diversos artefatos coloridos – parecendo uma árvore de natal.

Após o lamentável episódio ocorrido em uma universidade em São Paulo, onde policiais adentraram para intimidar quem se posicionasse em favor de direitos humanos, ficou claro o posicionamento das forças policiais em torno de um projeto que não admite o contraditório nem o posicionamento divergente.   Faz-se clara a urgência em rediscutir o papel e a autonomia de uma força que há muito deixou de defender a população e que agora se empenha em usar de força para coagir a população, levando dor e morte aos que não se enquadram em seu conteúdo programático e à população periférica.

Não bastando toda a defesa das forças policiais à esse ato fracassado, os mesmos policiais escoltaram os membros do MBL durante o encerramento e agrediram uma transeunte que desejava adentrar a estação de metrô, tudo para garantir a segurança de um punhado de extremistas de ultra-direita.

Enquanto no centro havia essa brutal repressão ao contraditório, em áreas periféricas diversas pessoas enviavam pedidos de socorro pois suas vizinhanças estavam sob ataque de forças policiais.   Infelizmente não há espaço para diálogo e não porque a população não deseja, mas porque elementos com poder de decisão nas forças policiais não desejam paz.