3.8.17

DENÚNCIA ENTERRADA POR 263 TEMERÁRIOS OPORTUNISTAS

DANIEL MAZOLA -

Até o melhor acontecer, o Brasil pode piorar, e muito! Votar pró Temer pode ter sido rentável, mas foi um negócio extremamente temerário.


263 votos de aliados comprados ou convenientes, Michel Temer venceu ontem. O usurpador palaciano continua sangrando no cargo máximo da república e seus aliados mamando freneticamente nas tetas do dinheiro público. O desgaste da política, do regime e do sistema é colossal.

Na total desesperança, sem perspectivas, seguiremos com os mesmos vermes no desgoverno federal, essa casta que vive “incrustada” na máquina pública. Existe e “prospera” em condições financeiras suntuosas, enquanto o povo paga indefinidamente a fatura de “políticas públicas” que prometem melhorar a vida de todos, um dia.

A segunda turma do STF segue a rotina de soltar condenados por crimes de corrupção, em breve, muito breve será dada a blindagem a Michel Temer, isso consagrará a impunidade e a falta de vergonha na cara de muitos políticos, com raras exceções, claro. A economia brasileira só anima quem tem dinheiro para viver em outra dimensão, nas bolhas de “felicidade” e exploração. Para nós pobres mortais apenas a certeza de mais impostos.

Não importa o tamanho do PIB do país, ou sermos uma das maiores economias do planeta enquanto não taxarmos as grandes fortunas, ou enquanto persistir a desenfreada sangria-lesa pátria da dívida pública. O principal traço do subdesenvolvimento é o baixo nível de renda da esmagadora maioria da população, enquanto banqueiros e rentistas vivem na bolha suprema e egoísta.

Com Temer no “comando” ficam garantidos à baixíssima qualidade de vida da grande maioria da população, grandes bolsões de miséria, repressão contra quem tenta se organizar para alterar as políticas públicas, aparelhamento do Poder Judiciário e por aí vai. As oligarquias seguiram aprofundando os ataques à classe trabalhadora, adotando todas as formas de práticas medievais para permanecerem no poder político e econômico.

Ano que vem certamente a elite fabricará “nomes novos” para disputar as eleições viciadas dessa democracia burguesa que vivemos desde 1985, assim as práticas de corrupção e enriquecimento ilícito à custa do dinheiro público se perpetuam. A elite agradece.

A máquina pública precisa ser totalmente reestruturada para que deixe de ser ferramenta da elite ou laboratório social de qualquer esquerda festiva que se apresente. A “permanência” de Temer significa o agravamento da crise política-econômica e da violência. O dado positivo dessa tragédia: vai aumentar o desejo por mudança, mas até o melhor acontecer, o Brasil pode piorar, e muito.