8.9.16

PRESIDENTE DO SINPOSPETRO-RJ PROPÕE MOBILIZAÇÃO SOCIAL PARA DERRUBAR PROPOSTAS QUE VISAM RETIRAR DIREITOS DOS TRABALHADORES

SINPOSPETRO-RJ - 


Enquanto o governo Temer se articula com o Congresso para aprovar as reformas trabalhista e da previdência, a classe trabalhadora deve ficar atenta para evitar que as oligarquias- composta por parlamentares e grandes grupos econômicos, avancem com as medidas que visam reduzir direitos e precarizar a mão de obra. O alerta é do presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto. Segundo ele, os Sindicatos dos Frentistas de todo o país estão mobilizados para impedir que as reformas avancem, assim como o projeto de terceirização, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Para Eusébio Neto, a sociedade não pode assistir inerte a essa barbárie contra os trabalhadores, que são os sustentáculos da economia e responsáveis pelo desenvolvimento do país. Neste momento, obscuro e incerto para o Brasil, é preciso discernimento para que a economia não naufrague e o desemprego aumente. Ele disse que é contra a proposta de reforma trabalhista que permite que  as  negociações entre empregados e empregadores se sobreponham à CLT.  “ A gente não pode admitir que uma negociação prevaleça sobre o legislado, dessa forma a Lei perde o sentido de existir. Se considerarmos que vivemos em um país com precarização do trabalho; mão de obra análoga a escravidão; empresários retrógrados e concentração de terras e renda em poder de grupos oligárquicos, chegamos a conclusão que o estado ainda precisa dar proteção aos menos favorecidos através da legislação”.

O presidente do SINPOSPETRO-RJ chama a atenção dos trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência para o projeto da terceirização. Segundo ele, a terceirização da atividade-fim, como prevê o projeto, em tramitação no Congresso, é um risco para toda a categoria no país. Desde a fundação do primeiro sindicato dos frentistas, na década de 90, os trabalhadores de postos lutam para acabar com a precarização da mão de obra no setor de revenda de combustíveis. Em todo o país, os sindicatos se mobilizaram para extinguir cooperativas de mão de obra e aumentar a segurança no ambiente de trabalho. Com a terceirização, os funcionários de postos podem perder o emprego legalizado e a sociedade poderá ficar exposta a risco de acidentes, já que os frentistas são treinados para atuar na função.

Eusébio Neto diz que por ser tratar de um o país subdesenvolvido, o Brasil não tem condições mínimas de avançar em reformas no mundo do trabalho. Com o capitalismo cada vez mais selvagem no mundo, o trabalhador precisa de proteção porque é a parte mais fraca nesse processo. De acordo com o presidente do SINPOSPETRO-RJ, essas propostas não vão resolver o problema de caixa do país. “O povo não pode pagar pelo rombo na Previdência Social, provocado pelas dívidas das grandes empresas”.

Hoje, o trabalhador está em desvantagem no Congresso, mas o voto determina e qualifica o trabalho do legislador, por isso o povo tem que se mobilizar e ir às ruas para exigir que se façam as reformas política e fiscal. Eusébio Neto afirma que é preciso fazer mudanças no cenário político, para evoluir na questão social.

*Estefania de Castro, assessoria de imprensa Sinpospetro-RJ.