11.11.17

ATO CONTRA AS REFORMAS E ATAQUES AOS TRABALHADORES SOFRE PRESSÃO E REVISTAS VEXATÓRIAS NO RIO DE JANEIRO [VÍDEO]

ROGER MCNAUGHT -


As manifestações marcadas para ontem, dia 10 de novembro, embora tenham transcorrido sem incidentes, mostraram o lado mais perverso e intimidador do atual desgoverno do RJ.

Desde as 14 horas, servidores da saúde, educação e limpeza urbana se concentraram em frente à prefeitura, disputando espaço com tapumes que “estrategicamente” impediam a plena concentração de manifestantes no local.   Sob um sol escaldante e cercados por policiais que empunhavam armas de forma hostil se dirigiram à candelária para, as 16 horas, se concentrar para o ato unificado.

Já durante concentração na candelária, começa o festival de intimidações.  Estudantes e pessoas não “uniformizadas” por partidos e sindicatos foram sistematicamente revistadas e um rapaz foi detido sem maiores explicações enquanto um dos policiais segurava o que pareciam ser dois pedaços retangulares de madeira – os famosos “escudos”, dando a entender que é proibido se proteger da truculência da PMERJ.

Algo que chamou muito a atenção foi que policiais pareciam estar procurando indivíduos específicos a ponto de deslocar toda a tropa atrás de uma única pessoa sem sequer haver confronto, o que indicaria que pode estar havendo uma “caça às bruxas” em curso.

Não satisfeitos com isso, policiais militares formaram uma barreira em frente às escadarias da Câmara de Vereadores, impedindo que manifestantes ocupassem as mesmas, pondo fim à manifestação antes mesmo do seu local designado.

Tais “micro” medidas, que apenas parecem não ser de grande impacto, adicionaram um elemento de insegurança ao ato, tirando a paz de todos os manifestantes presentes e fazendo com que o ato por diversas vezes parasse no meio do caminho.  O Rio de Janeiro com isso parece estar se moldando à técnica de “ataques preventivos” para desestimular qualquer manifestação de cunho político.

E assim o Estado Democrático de Direito é suplantado pelo “Estado Burocrático de Direita”, onde apenas os ricos tem voz e vez.