4.12.18

FUNDAÇÃO ITAÚ COMPROU TELAS ROUBADAS

MIRSON MURAD -

Estavam em poder da Fundação Itaú diversas telas roubadas da Biblioteca Nacional. Segundo a lei, quem compra roubado é interceptador sujeito a condenação jurídica.

Uma das obras devolvidas (divulgação)
Uma organização do porte do Grupo Banco Itaú cerca-se de todos os lados antes de investir somas vultuosas ao adquirir algo. Evidentemente, um perito em obras de arte, de confiança do Itaú examinou e deu um laudo autenticando as obras. A Fundação Itaú, logicamente, levantou uma ficha rigorosa do vendedor, galeria de arte ou particular. Sem uma idoneidade de peso não haveria negócio. Portanto... Qualquer pessoa, empresa, colecionador ou galeria de arte que estivesse com esses quadros roubados seria levado para a delegacia como interceptador de peças roubadas.

A Fundação Itaú precisa explicar direitinho, detalhadamente, como essas obras que pertencem à Biblioteca Nacional foram parar em seu acervo. Enganados? É difícil de acreditar.

Se não houver uma explicação robusta, convincente, a coisa não pode ficar por isso mesmo. Devolveu e nada mais. Contudo, sendo uma empresa do Itaú. É preciso ver para crer em desdobramento jurídico. Quem viver, verá! Aliás, se não fosse a Polícia Federal investigar e encontrar esse acervo que, por ocasião do roubo foi fartamente noticiado na mídia, provavelmente, esse patrimônio artístico de nossa Biblioteca Nacional continuaria lá no acervo da Fundação Itaú. Ou não?