ROGER MCNAUGHT -
Recebemos recentemente áudios relativos à conversas em redes
sociais e gravações de rádio que sugerem um padrão de comportamento desumano
por parte de elementos da PMERJ.
Nesta semana, um protesto contra os cortes nos pagamentos do
funcionalismo se transformou em uma verdadeira praça de guerra, com diversos
servidores feridos, muitos deles bombeiros – um inclusive que foi atingido no
olho por balas de borracha.
O que surpreendeu foram os áudios alegadamente relativos à
tropa neste dia: desde instruções para “vir com tudo” até mesmo ameaças veladas
no famoso “entenda como quiser”.
Após ouvir atentamente o sentimento é de revolta, pois quem
esteve presente no protesto presenciou uma verdadeira barbárie, com idosos e
transeuntes sendo barbaramente atacados por jatos de água, bombas, balas de
borracha e pancadaria generalizada. Em
particular idosos foram os maiores prejudicados.
Em outro áudio, um suposto policial militar tenta atribuir a
violência a profissionais da saúde e da educação, o que é um absurdo completo,
pois nenhum profissional destas áreas porta ou utiliza instrumentos como gás de
pimenta, gás lacrimogêneo ou balas de borracha, muito menos bastões para
agredir pessoas que tentam exercer seus direitos constitucionais.
Pobre Rio de Janeiro.