17.5.18

O SUPOSTO DONO DO MUNDO SEGUE ATACANDO OS POVOS DO IRÃ, DA COREIA DO NORTE E DO BRASIL

ANDRÉ MOREAU -


A fraude dos estadunidenses, que se retiraram do acordo de 2015 com o Irã, foi repudiada pelo Rússia, China, Irã, União Européia e por representantes das Nações Unidas que pediram aos líderes das potências que honrassem o Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOS). A ação revelou em escala global o “modus operandi” baseado em mentiras repetidas dos verdadeiros terroristas que antes das invasões e das guerras, ameaçam os povos com satanizações.

Os relatórios do observador nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica, indicam que o Irã vem cumprindo a sua parte do acordo visando restringir o programa de fabricação de armas nucleares, em contrapartida ao fim das sanções impostas, uma conquista de décadas de trabalho diplomático que os estadunidenses tentam colocar por terra.

Além de atingir o JCPOS - acordo nuclear com o Irã, visto como uma conquista do multilateralismo e da diplomacia internacional -, a manobra estadunidense revela ao mundo que Donald Trump, não passa de mais um fantoche do regime beligerante estadunidense.

Com exceção de Israel e da Arábia Saudita, aliados do regime estadunidense, as afirmações de Trump de que o Irã está violando o acordo secretamente, foi repudiada por autoridades dos países que se opuseram ao rompimento do JCPOA, já que o mesmo estava sendo respeitado e o Irã vinha cumprindo com retidão as restrições.

Coreia do Norte

Ao comparar a fraude dos EUA que marca o re-início das satanizações contra o Irã com a proposta de paz feita pelo Presidente República Popular Democrática da Coreia Kin Jong-un, abortada (15) em função da traição do regime de Washington, vemos que o “modus operandi”, é semelhante.

Kim Jong-un se dirigiu à Coréia do Sul na eminência de estabelecer entendimentos de paz com o Presidente Moon Jae-in. Posteriormente anunciou que cessaria as atividades nucleares na República Popular Democrática da Coreia, em uma cerimônia entre os dias 23 e 25 de maio com a presença de jornalistas dos EUA, Coréia do Sul, Reino Unido, China e Rússia, na qual a planta de testes nucleares seria destruída.

O agradecimento de Trump diante da proposta de Kim Jong-un de implodir os túneis de acesso às instalações, eliminar institutos de pesquisa e bloquear a região do planeta, indicou novamente que o líder do regime estadunidense, não passa de um fantoche dessa fase de escalada de violência.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, chegou a anunciar (11), que “Os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com a Coréia do Norte para alcançar prosperidade igual a dos nossos amigos da Coréia do Sul”, ajudando a República Popular Democrática da Coreia a “reconstruir” sua economia caso Kim Jong-un fosse ágil no processo de desnuclearização.

Kim Jong-un se colocou aberto a receber o líder do regime estadunidense, Donald Trump, visando tratar de detalhes sobre o acordo de paz, mas os treinamentos de guerra na Península Coreana, promovidos pelos EUA, sepultaram a proposta de paz, indicando claramente que os Estados Unidos não suportariam ver a unificação da República Popular Democrática da Coreia com a Coréia do Sul.

Cumpre ressaltar que a iniciativa de Kim Jong-un de desarmar a República Popular Democrática da Coreia, poderia ser usada pelo império da mesma forma que ocorreu contra a Líbia, de Muamar Khadafi, o homem que queria unir a África e criar um exército africano único o que contrariava frontalmente os interesses dos países ocidentais. Hillary Clinton esteve envolvida na operação contra Kadhafi.

A passagem esclarece o que há por trás dos interesses “democráticos” dos Estados Unidos com a implantação da globalização, o que certamente mudará a percepção do Presidente da República Popular da China Xi Jinping.

Brasil

O auto-sacrifício do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político do Tribunal da Inquisição de Curitiba, vem dando maior visibilidade à sanha estadunidense no Brasil operada a partir do uso do STF, dos procuradores do Ministério Público Federal, dos juízes de piso e desembargadores ligados a Operação lava jato como instrumentos para aprofundar o desmonte do Estado.

As ações são promovidas nos meios de comunicação que fazem parte do consórcio a partir de posicionamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI), entidade co-autora da denominação “pedaladas fiscais” usada na narrativa de choques para derrubar a Presidenta Dilma Rousseff que agora, de acordo com a opinião do economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o Hemisfério Ocidental Alejandro Werner, vê “Um risco-chave” nos gastos do governo ilegítimo, e coloca a equipe econômica contra a parede dando gás à narrativa das Organizações Globo: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

“A reforma da previdência, que foi adiada devido a desdobramentos políticos, é a chave para assegurar tanto a viabilidade do sistema de pensões como a sustentabilidade de finanças públicas”.

A população brasileira assiste toda semana, novas demonstrações de que as decisões dos citados setores do judiciário atendem o plano de mudança do sistema de governo, por isso o movimento “eleições, sem Lula, legitima o golpe de estado,” ganha força.

Apesar das tentativas do consórcio dos meios de comunicação que se pauta na manipulação dos incautos, ocultando fatos fundamentais para a compreensão de todos sobre o que há por trás do retrocesso social, a população sente na pele a crescente onda de desemprego que empurra a classe media para a pobreza e os pobres para o estágio da miséria extrema.

O auto sacrifício de Lula vem despertando o povo para a violenta guerra de classes acirrada em 2014, quando o então Presidente da Câmara, hoje interno do sistema penitenciário, Eduardo Cunha, impediu a Presidenta Dilma Rousseff de governar, induzindo a crise econômica interna, visando derrubá-la com o impeachment, sem mérito, chancelado pelo STF.

O fechamento dos postos de trabalho aumenta, na mesma proporção das ações “anti-corrupção,” que em nome da “política de justiçamento” segue desmontando grandes empresas públicas e privadas como, por exemplo, a Petrobrás e a Odebrecht. Paralelamente é anunciado por agentes públicos “brasileiros” nos Estados Unidos que o país está à venda e é barato.

O desmonte da Consolidação das Leis do Trabalho, o congelamento por vinte anos dos investimentos em programas sociais, dentre outros retrocessos como o “pente fino” que já atinge a Previdência Social afeta principalmente os mais pobres e faz o Brasil retroceder 75 anos, em dois.

A tentativa de maquiar a ditadura do STF que “usou de estratégia”, visando mandar Lula para o cárcere, vem constrangendo até mesmo os aliados mais experientes e bem pagos do consórcio dos meios de comunicação, até porque a seletividade é descarada. Quantos Habeas Corpus foram concedidos depois da prisão de Lula, para pessoas flagradas em crimes?

As manobras seletivas com base na “Teoria do Domínio do Fato”, ameaçam a soberania nacional, organizações sociais progressistas, partidos de esquerda e expõem o oportunismo dos supostos políticos ditos de esquerda, mas que pregam “virar a página” do golpe de Estado.

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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de imprensa, jornalabi.blogspot.com arbitrariamente impedida de concorrer à direção nas eleições de 2016/2019.