28.9.18

O SR. DOMINGOS MEIRELLES ENTRARÁ PARA A HISTÓRIA AO LADO DE CELSO KELLY

ANDRÉ MOREAU -

Com esta série a coordenação da Chapa Villa-Lobos, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), retoma sua marcha que objetiva restaurar entre os Confrades as boas lutas por liberdade de expressão e direitos humanos, interrompida arbitrariamente pela atual diretoria, antes do pleito 2016-2019.



A posição dos diretores aliados ao Sr. Domingos Meirelles, que apoiaram o esquema de ameaças contra a Presidenta Dilma Rousseff, antes da sua reeleição: “se ganhar não vai governar,” não difere da posição do Sr. Celso Kelly (1964-1966), que depois de apoiar o golpe de 64, se empregou na máquina da ditadura. A ação do Sr. Domingos Meirelles se tornou explícita quando os seus diretores alugaram e ou cederam graciosamente o 6º andar da ABI à filha do Cunha que agora pauta sua campanha burguesa, a partir do comitê montado na ABI. A medida remonta ao retrocesso social decorrente da paradeira gerada por pautas bombas do então investigado Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), aliado ao candidato derrotado Aécio Neves Cunha (PSDB-RJ). Assim como integra a narrativa dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que rasgaram a Constituição com o impeachment, sem mérito, da Mandatária, ou seja, golpe de Estado. E marca outro momento do esquema de mudança do sistema de governo, insuflado ferozmente por meias verdades e ocultações de informações junto as propriedades cruzadas de O Globo, que orientam o consórcio dos meios de “Comunicação” e adulam figuras de destaque do judiciário, que apesar da fragilidade do processo que fala através de notas fiscais em reformas da cozinha e instalação de elevador no triplex do Guarujá, que não existem, como bem demonstrou o MTST, para quem quisesse ver, a fraude que levou ao encarceramento do ex-Presidente Lula.


Ações que às vésperas das eleições de 7 de outubro, ganharam outros aliados do Estado, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decidiram vetar a candidatura do Jornalista Garotinho, outro choque que entre o público incauto reflete diretamente nos rumos do Estado do Rio de Janeiro, a máxima “manda quem pode, obedece quem tem juízo,” da cartilha criada pelos Srs. Irineu Marinho e Roberto Marinho (1962-1964), com mais força do que no golpe de 1º de abril de 1964. Agora, além de destruir reputações, derrubar políticos que não fazem parte da rede liberal, operam a “Doutrina de Choques” (Milton Friedman) para “conquistar” através de setores do Poder Judiciário, em escala Continental. Indícios que apontam a retomada do plano condor, que promovia desordem social seqüestrando, torturando e assassinando os inimigos, se valendo do “Direito Penal do Inimigo. A diferença agora, é o grau: lincham publicamente os adversários, até levá-los para o cárcere. Dessa forma empurram a mudança do sistema de governo dos países alvos, em nome da “democracia”. Outra diferença é o gás dado ao consórcio dos meios de “Comunicação,” maior do que as ações dos militares que da mesma forma estão a soldo das corporações ligadas aos impérios, nessa quadra da História, para se omitirem diante da rapinagem das riquezas naturais da região, enquanto a confusão é gerada através das narrativas anti-corrupção e anti-crime organizado.


Diante desse quadro, norteado pela “legalidade,” foi criado o movimento “Jornalistas contra o golpe,” por profissionais veteranos que optaram por resistir contra a onda de injustiças, inclusive as chanceladas por membros da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que após derrubarem o Jornalista Mauricio Azêdo, aderiram como “vendilhões da pátria,” ao esquema de mudança do sistema de governo. Em meio a essas manobras espúrias, os membros do movimento “Jornalistas contra o golpe” resolveram resistir dentro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), criando a Chapa Villa-Lobos, encabeçada pelo Jornalista e Escritor José Louzeiro (1932-2017), que com o mesmo “modus operandi,” a partir de mentiras e ocultações, foi impedida arbitrariamente de concorrer no pleito de 2016-2019, pelo Sr. Domingos Meirelles que passou a agir como se fosse dono da ABI e de forma dissimulada publicou o seguinte artigo no site da ABI, “(...) a Chapa Maestro Villa-Lobos, havia desistido de concorrer”. Vale perguntar, o Maestro foi colocado adjetivando Villa-Lobos como grande músico ou por ignorância daqueles que desconhecem o fato de que Villa-Lobos foi também Jornalista e freqüentador assíduo da ABI?


Este é o quinto artigo da série A ABI NÃO PODE SER USADA PARA CALAR QUEM LUTA PELA SOBERANIA NACIONAL que tem por objetivo ajudar a esclarecer o “modus operandi” que vem desviando a ABI de seus objetivos precípuos, num momento tão importante da História.

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*André Moreau, é Professor, Jornalista, Cineasta, Coordenador-Geral da Pastoral de Inclusão dos "D" Eficientes nas Artes (Pastoral IDEA), Diretor do IDEA, Programa de TV transmitido pela Unitevê – Canal Universitário de Niterói e Coordenador da Chapa Villa-Lobos – ABI – Associação Brasileira de Imprensa, arbitrariamente impedida de concorrer à direção da ABI nas eleições de 2016-2019.