ROGER MCNAUGHT -
O dia 11 de novembro, dia nacional de lutas, contou com
mobilização nacional e atos por todo o país.
No Rio de Janeiro não poderia ser diferente.
Com um ato marcado para o fim da tarde, estudantes,
servidores, movimentos sociais, partidos e militantes apartidários se reuniram
para dizer não ao arrocho que os governos federal e estadual querem impor aos
mais pobres.
O ato, que se dirigiu da Candelária até a Assembleia
Legislativa transcorreu de forma normal e tranquila, sendo encerrado pelas
falas de diversos representantes de grupos presentes na passeata. O Vereador Leonel Brizola (PSOL-RJ) também se dirigiu ao ato para prestar solidariedade aos
servidores e cidadãos que protestavam.
Após a maioria dos grupos começarem a dispersão do ato, eis
que ao longe se escutam explosões.
Policiais militares começam sua formação e a cavalaria se posiciona.
Os manifestantes assustados dispersam rapidamente pelas ruas
transversais afim de evitar o confronto mas homens da Polícia Militar continuam
sua perseguição aos grupos, agredindo a imprensa no caminho, utilizando de
bombas e muito gás de pimenta.
Alguns manifestantes então improvisaram barricadas com lixo
afim de retardar a Polícia Militar para a dispersão segura dos demais, porém
mesmo assim a perseguição persistiu por quase uma hora, encurralando inclusive
estudantes, alguns aparentando serem menores de 18 anos, que foram submetidos a
rotinas de cerco e revista de forma ameaçadora.
Esta é a resposta do governo do PMDB às demandas populares,
uma demonstração grotesca e medonha de que a democracia está desaparecida ou
morta no Rio de janeiro, e que a violência é a linguagem da atual administração
e seus agentes de “insegurança” pública.
Enquanto a vida no Rio torna-se cada vez mais perigosa, há
recursos de sobra para agredir pessoas buscando seus direitos constitucionais.
Pobre Rio de janeiro.
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